Com parecer favorável de Tiago Correia, CCJ aprova projeto contra adultização
Parecer de Tiago Correia garante aprovação de projeto na CCJ que combate a adultização infantil com políticas de proteção às crianças
Por João Tramm.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) aprovou nesta terça-feira (2) o Projeto de Lei nº 25.910/2025, que institui políticas estaduais de prevenção à adultização e à sexualização de crianças. O texto recebeu parecer favorável do relator, deputado Tiago Correia (PSDB), e obteve apoio da maioria dos parlamentares presentes.
Ao justificar seu relatório, Tiago Correia enfatizou a importância da medida para a proteção da infância.
Parecer de Tiago Correia
Segundo ele, a proposta cria uma política estadual para coibir a exposição precoce de crianças a conteúdos impróprios, prevendo iniciativas educativas, capacitação de profissionais e a proibição do uso de recursos públicos em atividades ou eventos que incentivem a adultização ou a sexualização infantil.
“A proposta está em total consonância com a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, e não gera custos adicionais para o estado”, destacou o relator.
Correia também frisou que o projeto tem caráter preventivo, fortalecendo a atuação do poder público na proteção integral das crianças. A expectativa é que a medida avance para o plenário da Casa Legislativa, onde deverá ser apreciada nas próximas sessões.
Efeito Felca na política
O debate sobre a proteção de crianças e adolescentes na internet ganhou força após um vídeo do youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, denunciando a adultização infantil nas redes sociais. O vídeo, que questiona a exposição imprópria de menores de idade por influencers, teve mais de 25 milhões de visualizações.
O assunto foi destaque na política, tanto na Câmara de Salvador, quanto no Congresso Nacional.
Riscos e impactos da adultização
De acordo com o psicólogo e professor do curso de Psicologia da Estácio, Ítalo Silva, a adultização vai além do consumo de conteúdos inapropriados e pode causar riscos para o desenvolvimento das crianças e jovens.
“Estamos diante de uma geração que cresce imersa em telas e redes. A cultura digital traz oportunidades, mas também riscos, como a erotização precoce e a pressão por se encaixar em padrões de comportamento adulto. Isso pode afetar diretamente a saúde mental de crianças e adolescentes, gerando ansiedade, baixa autoestima e dificuldades nas relações sociais”, explica.
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