Anvisa aprova uso emergencial de coquetel de anticorpos no tratamento contra a Covid-19
A área técnica do órgão e os diretores avaliaram que o uso combinado dos medicamentos Banlanivimabe e Etesevimabe, da empresa Eli Lilly do Brasil, traz benefícios para os estágios iniciais da doença.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quinta-feira (13/5), o uso emergencial de um novo coquetel de anticorpos para o tratamento de pacientes com Covid-19. A área técnica do órgão e os diretores avaliaram que o uso combinado dos medicamentos Banlanivimabe e Etesevimabe, da empresa Eli Lilly do Brasil, traz benefícios para os estágios iniciais da doença, ainda que permaneçam algumas incerteza.
O objetivo do coquetel é neutralizar o vírus, antes que ele entre na célula. Conforme a análise da Anvisa, os medicamentos combinados tem maior potencial de eficácia e podem reduzir em até 70% a incidência da Covid-19. Tal eficácia se daria em pacientes que ainda não tenham evoluído para quadro grave e tenham alto risco de progressão.
A orientação, segundo a Anvisa, é que a aplicação do coquetel seja feita em hospitais, por conta da estrutura disponível e dos profissionais que realizam o procedimento. O órgão, no entanto, não indica o uso dos remédios para pacientes com casos graves da doença, já que os medicamentos podem piorar o quadro.
O uso emergencial do coquetel foi autorizado por 12 meses, para aplicação em adultos. O tempo de espera para uso dos remédios, após aberto, não pode ser superior a 24 horas em ambiente refrigerado e sete horas em temperatura ambiente. Os medicamentos também não poderão ser comercializados.
“Durante a emergência de saúde pública, a autorização emergencial é instrumento regulatório para fomentar tempestivamente opções terapêuticas mesmo em face de um produto em desenvolvimento clínico”, explicou a diretora Meiruze Freitas.
O diretor Alex Campos também esclareceu que “a partir dos dados apresentados, os benefícios conhecidos e potenciais dos medicamentos quando utilizados em uso emergencial superam os seus riscos." O uso do grupo de medicamentos deverá ser monitorado pela Anvisa.
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