Anvisa suspende lotes de Mucilon por presença de toxina cancerígena; veja quais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da comercialização e distribuição de lotes do produto "Meu Primeiro Lanchinho", da linha Mucilon, após identificar níveis elevados de aflatoxinas, substâncias tóxicas produzidas por fungos. A decisão foi tomada após a Nestlé Brasil comunicar o recolhimento dos itens em questão, com base em análises de rotina de controle de qualidade.

Apesar da gravidade, a Nestlé assegurou que os níveis encontrados nos lotes recolhidos estão muito abaixo das quantidades capazes de causar efeitos agudos. "Para que ocorra intoxicação aguda, seria necessário consumir 18 kg do produto diariamente por um período de uma a três semanas", destacou a empresa em nota oficial.

Lotes afetados:

Snack de Morango e Banana

• Lotes: 42391228 E1/E2, 42401228 E1/E2, 42411228 E1/E2, 42461228 E1, 42471228 E1/E2, 42481228 E1/E2, 42491228 E1, 42501228 E1, 42901228 E1, 42911228 E1


• Validade: até 01/05/2025, 01/06/2025 e 01/07/2025

Snack de Laranja e Banana

• Lotes: 42531228 E1/E2, 42541228 E1/E2, 42551228 E1


• Validade: até 01/06/2025

Como proceder?

Os consumidores que adquiriram os lotes afetados devem interromper o uso do produto imediatamente. Para devolução e reembolso, é possível entrar em contato com a Nestlé por meio dos canais:

• E-mail: faleconosco@primeirolanchinho.com.br


• Telefone: 0800-761-2500 (segunda a sexta, das 8h às 17h).

A empresa informou que o recall está sendo realizado em parceria com as autoridades e que nenhum outro produto da marca foi impactado.

Riscos associados às aflatoxinas

As aflatoxinas são produzidas por fungos do gênero Aspergillus, comuns em ambientes quentes e úmidos, como o Brasil. Segundo a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, o consumo contínuo de alimentos contaminados por essas toxinas pode causar danos ao fígado, rins e sistema imunológico, além de aumentar o risco de câncer hepático.

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) reforça que essas substâncias são genotóxicas, com potencial para causar danos ao DNA e desenvolvimento de tumores.

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