PRD suspende filiação de Binho Galinha após prisão por milícia

Deputado Binho Galinha seguirá oficialmente filiado até julgamento do processo disciplinar

Por Matheus Caldas.

O deputado estadual Binho Galinha foi suspenso do PRD dez dias após ser preso por suspeita de chefiar uma milícia em Feira de Santana. A decisão foi confirmada nesta quarta-feira (15) pelo partido, à TV Bahia.

A medida partiu da executiva nacional do PRD, em alinhamento com o diretório estadual do partido. Não há prazo definido para a revogação da suspensão, que deve permanecer em vigor até o julgamento final do processo disciplinar. Com isto, o parlamentar continua oficialmente filiado à legenda.

Binho Galinha | Foto: divulgação

Caso Binho Galinha

Binho Galinha é acusado de liderar uma organização criminosa com atuação na região de Feira de Santana. De acordo com a Polícia Federal, o grupo estaria envolvido em lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.

O deputado foi alvo de mandado de busca e apreensão no último dia 1º, mas não foi encontrado em casa durante a operação. A esposa dele, Mayana Cerqueira da Silva, e o filho, João Guilherme Cerqueira da Silva, foram presos na mesma ação, batizada de Operação Estado Anômico.

Na sexta-feira (10), em votação secreta, a Assembleia Legislativa (AL-BA) manteve a prisão de Binho Galinha, por 34 votos a 18, com uma abstenção.

Conselho Ética da AL-BA vai analisar caso de Binho Galinha | Foto: divulgação

Em agosto, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), reverteu decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que havia anulado provas colhidas na Operação El Patrón contra Binho Galinha e outros investigados por integrar milícia em Feira de Santana. Além do deputado, são réus a esposa, Mayana Cerqueira da Silva, e o filho, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano.

A decisão monocrática de Zanin, à época, acatou recurso do Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra a alegação de problemas processuais. O ministro reconheceu a legalidade do compartilhamento de informações financeiras.

O STF frisou que não houve indícios de abuso por parte das autoridades, como o chamado “fishing expedition”, e que a solicitação da Polícia Federal foi precedida de procedimento investigativo formal. A Primeira Turma da Corte ainda rejeitou recurso apresentado pelo parlamentar.

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