<p>Neste domingo (11) &eacute; celebrado o marco de um dos principais ritmos de m&uacute;sica do mundo: o reggae. O 11 de maio foi reservado para exaltar o movimento oriundo da Jamaica e foi definido em homenagem &agrave; morte do principal expoente do g&ecirc;nero: Bob Marley. Em Salvador, contudo, a data toma contornos de protesto, pois a Pra&ccedil;a do Reggae, est&aacute; h&aacute; 14 anos abandonada no Largo do Pelourinho, cora&ccedil;&atilde;o do Centro Hist&oacute;rico da capital.</p>
<p>Criado em 1999, o equipamento apresenta sinais de degrada&ccedil;&atilde;o desde 2011. O espa&ccedil;o passar&aacute; mais um Dia do Reggae como dep&oacute;sito de lixo e dejetos humanos. Segundo relatos de comerciantes da regi&atilde;o, ouvidos pelo Aratu On, a &aacute;rea precisou ser lacrada, inclusive, para coibir a entrada de usu&aacute;rios de drogas e de pessoas que descartavam entulho.</p>
<p>Apesar da situa&ccedil;&atilde;o, o Instituto do Patrim&ocirc;nio Art&iacute;stico e Cultural da Bahia (Ipac) assegura que avan&ccedil;a no processo para requalifica&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o, ap&oacute;s <a href="https://aratuon.com.br/cidade/consulta-publica-propoe-novo-projeto-para-praca-do-reggae" target="_blank" rel="noopener">encerramento de uma consulta p&uacute;blica</a>, realizada entre 28 de mar&ccedil;o e 11 de abril, para ouvir a comunidade sobre o projeto de requalifica&ccedil;&atilde;o da Pra&ccedil;a do Reggae.</p>
<p>Segundo o Ipac, a iniciativa recebeu 167 respostas de frequentadores, artistas, moradores e admiradores da cultura reggae, e serve como &ldquo;baliza para o projeto de requalifica&ccedil;&atilde;o&rdquo;,<a href="https://aratuon.com.br/geral/ipac-anuncia-empresa-que-vai-elaborar-projeto-de-requalificacao-da-praca-do-reggae" target="_blank" rel="noopener"> elaborado pela empresa Land5 Arquitetura e Urbanismo</a>. O empreendimento foi contratado em novembro do ano passado, com valor de R$ 159,5 mil. O v&iacute;nculo tem validade de seis meses e se encerra em 11 de junho e, por isto, conforme o instituto, ainda n&atilde;o h&aacute; defini&ccedil;&atilde;o or&ccedil;ament&aacute;ria, embora a institui&ccedil;&atilde;o atue na capta&ccedil;&atilde;o de recursos para a obra.</p>
<p>Este processo, contudo, &eacute; realizado, ao menos, pela segunda vez. Em 2023, houve promessa de requalifica&ccedil;&atilde;o da Pra&ccedil;a do Reggae. O contrato chegou a ser firmado entre Ipac e uma empresa, mas o v&iacute;nculo foi rescindido unilateralmente, em abril de 2024.</p>
<p>Enquanto a reforma n&atilde;o &eacute; realizada, comerciantes e moradores s&atilde;o un&acirc;nimes: o espa&ccedil;o &eacute; necess&aacute;rio para o Pelourinho. Propriet&aacute;rios de empreendimentos ouvidos pela reportagem, em condi&ccedil;&atilde;o de anonimato, relatam que o espa&ccedil;o viveu durante anos com a marginalidade. Lacrado para acesso do p&uacute;blico, virou ambiente para descarte de lixo e ac&uacute;mulo de sujeira, mato e insetos.</p>
<h2>Veja fotos e v&iacute;deos da situa&ccedil;&atilde;o da Pra&ccedil;a do Reggae<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/8e11ef6a-f858-492b-84e9-dfd1423b0473.jpeg?width=4032&amp;height=3024" alt="Pra&ccedil;a do Reggae est&aacute; em ru&iacute;nas | Foto: Matheus Caldas/Aratu On"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/3d497b4a-ec55-43b6-a2ee-ac30ee7390da.jpeg?width=4032&amp;height=3024" alt="Port&otilde;es da Pra&ccedil;a do Reggae foram lacrados para coibir entrada de v&acirc;ndalos | Foto: Matheus Caldas/Aratu On"></h2>
<p><video controls="controls" width="300" height="150"><source src="https://adm.aratuon.com.br/assets/2a4cd5e1-1662-413e-b6cc-8fae4bce8845" type="video/mp4"></video><video controls="controls" width="300" height="150"><source src="https://adm.aratuon.com.br/assets/8e4f61eb-a830-4f68-8939-0eb017ffe669" type="video/mp4"></video></p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/verao/jeremias-gomes-o-reggae-sempre-esteve-pronto-para-integrar-grandes-festivais" target="_blank" rel="noopener">+ Jeremias Gomes: "O reggae sempre esteve pronto para integrar grandes festivais"</a></p>
<h2>Amantes do reggae pedem retorno da pra&ccedil;a</h2>
<p>Neste s&aacute;bado (10), artistas, produtores culturais, entusiastas do reggae se juntaram numa caminhada, no Pelourinho, para pedir a revitaliza&ccedil;&atilde;o da pra&ccedil;a.</p>
<p>Um dos organizadores da manifesta&ccedil;&atilde;o &eacute; o empres&aacute;rio Wilson dos Santos Silva, 65. Ele &eacute; dono h&aacute; quase 25 anos do bar Cravo Rastafari, espa&ccedil;o de homenagem ao reggae. Segundo ele, o movimento une grupos de reggae de Salvador para &ldquo;tocar no cora&ccedil;&atilde;o do Ipac&rdquo;. &ldquo;A gente pede que a pra&ccedil;a reabra para a gente fazer o que gostamos muito, que &eacute; a cultura do reggae&rdquo;, conta, em entrevista ao Aratu On.</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/c77f9be7-8f92-44cf-b972-a48669fc2217.jpeg?width=4032&amp;height=3024" alt="Dono do bar Cravo Rastafari, no Pelourinho, pede retorno da Pra&ccedil;a do Reggae | Foto: Matheus Caldas/Aratu On"></p>
<p>Ele relembra que, na pra&ccedil;a, houve apresenta&ccedil;&otilde;es de artistas renomados, como Edson Gomes, Ad&atilde;o Negro, Gregory Isaacs e Alpha Brondy. &ldquo;Tinha muita ades&atilde;o e a galera vinha mesmo. A gente convidava e os caras vinham tocar. Vamos ver se temos nosso ponto cultural de volta, para a gente voltar &agrave; nossa atividade e gerar empregos&rdquo;, pede.</p>
<p>Para Wilson, &eacute; &ldquo;um absurdo&rdquo; o equipamento estar fechado h&aacute; 14 anos. &ldquo;Em pleno cora&ccedil;&atilde;o do Pelourinho, essa pra&ccedil;a estar fechada. Vamos nos mobilizar para ver se chamamos a aten&ccedil;&atilde;o do governo&rdquo;.</p>
<h3>Pra&ccedil;a do Reggae foi motivo de reportagens na TV Aratu. Assista:</h3>
<p><iframe title="YouTube video player" src="https://www.youtube.com/embed/PMnhEcV-vnE?si=yqavT0Ew6e28e3fv" width="560" height="315" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<p><iframe title="YouTube video player" src="https://www.youtube.com/embed/xCbxPTFt5aI?si=qZBXRS0p1BxYasoN" width="560" height="315" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<h2>Hist&oacute;ria da Pra&ccedil;a do Reggae</h2>
<p>Idealizada como um espa&ccedil;o de celebra&ccedil;&atilde;o e resist&ecirc;ncia, a pra&ccedil;a abrigava shows de artistas renomados como Gregory Isaacs, Edson Gomes, Sine Calmon, Lazzo Matumbi e bandas como Ad&atilde;o Negro, atraindo multid&otilde;es e fortalecendo a cena reggae local.</p>
<p>Antes da cria&ccedil;&atilde;o da pra&ccedil;a, o reggae j&aacute; pulsava nas ruas do Pelourinho, especialmente nos bares Cravinho Rastafari e Bar do Reggae, fundado por Albino Apolin&aacute;rio, em 1981. Esses espa&ccedil;os foram fundamentais para a difus&atilde;o do g&ecirc;nero e para a forma&ccedil;&atilde;o de uma comunidade que via no reggae uma forma de express&atilde;o cultural e pol&iacute;tica.</p>
<p>O nome "Pra&ccedil;a do Reggae" foi oficializado em 1996, durante o governo de Paulo Souto, por meio de uma proposta apresentada por l&iacute;deres do movimento reggae e aprovada na Assembleia Legislativa da Bahia. A homenagem teve como objetivo reconhecer a import&acirc;ncia do espa&ccedil;o para a difus&atilde;o do reggae na capital baiana, especialmente no Pelourinho.</p>
<p>Durante o per&iacute;odo de funcionamento, a Pra&ccedil;a do Reggae chegou a receber shows com mais de 1,5 mil pessoas.&nbsp;</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/967c71f6-7a27-45da-af12-b4c180ad1773.jpeg?width=4032&amp;height=3024" alt="Pelourinho &eacute; cora&ccedil;&atilde;o do reggae em Salvador | Foto: Matheus Caldas/Aratu On"></p>
<h2>Dados da consulta p&uacute;blica do Ipac</h2>
<p>De acordo com o levantamento, 65,2% dos participantes frequentam o Pelourinho pelo menos uma vez ao m&ecirc;s, e 90,9% consideram a Pra&ccedil;a do Reggae um espa&ccedil;o de refer&ecirc;ncia cultural que deve ser preservado.<br>Entre as principais sugest&otilde;es para a requalifica&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o est&atilde;o:</p>
<p>&bull; &nbsp; &nbsp;Instala&ccedil;&atilde;o de um palco fixo para apresenta&ccedil;&otilde;es musicais (indicada por 75% dos respondentes);</p>
<p>&bull; &nbsp; &nbsp;Cria&ccedil;&atilde;o de &aacute;reas de conviv&ecirc;ncia e descanso (68,4%);</p>
<p>&bull; &nbsp; &nbsp;Disponibiliza&ccedil;&atilde;o de sanit&aacute;rios p&uacute;blicos (63,6%);</p>
<p>&bull; &nbsp; &nbsp;Melhoria na ilumina&ccedil;&atilde;o para maior seguran&ccedil;a no per&iacute;odo noturno (58,8%);</p>
<p>&bull; &nbsp; &nbsp;Cobertura para prote&ccedil;&atilde;o contra sol e chuva durante eventos (53,5%).</p>
<p>Al&eacute;m disso, 82,4% dos participantes manifestaram interesse em que o espa&ccedil;o promova atividades culturais regulares, como shows de reggae, feiras de artesanato, rodas de conversa e oficinas culturais.</p>
<p>A consulta tamb&eacute;m revelou que:</p>
<p>&bull; &nbsp; &nbsp;57,8% dos respondentes consideram importante a inclus&atilde;o de uma &aacute;rea de gastronomia voltada para a cultura jamaicana e baiana;</p>
<p>&bull; &nbsp; &nbsp;44,9% sugeriram que a pra&ccedil;a receba interven&ccedil;&otilde;es art&iacute;sticas permanentes, como murais, esculturas e pain&eacute;is que celebrem o reggae</p>

<p>Um retrato alarmante da desigualdade socioecon&ocirc;mica na Bahia foi exposto na edi&ccedil;&atilde;o 2025 do &Iacute;ndice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). O estudo revelou que 95,4% dos 417 munic&iacute;pios baianos est&atilde;o classificados como de desenvolvimento baixo ou cr&iacute;tico &mdash; uma propor&ccedil;&atilde;o superior &agrave; m&eacute;dia nacional de 47,3%.</p>
<p>Conforme a publica&ccedil;&atilde;o, 90,4% dos munic&iacute;pios baianos apresentam desenvolvimento baixo e 5% est&atilde;o em situa&ccedil;&atilde;o cr&iacute;tica. Apenas 4,6% das cidades atingiram n&iacute;vel moderado e nenhuma alcan&ccedil;ou grau alto de desenvolvimento.</p>
<p>Em n&uacute;meros absolutos, o levantamento mostra que 10,4 milh&otilde;es de baianos (70,5%) vivem em munic&iacute;pios com desenvolvimento considerado cr&iacute;tico ou baixo, o que coloca o estado como o pior do Brasil nesse quesito, superando inclusive Maranh&atilde;o e Par&aacute;. A Firjan destaca: "A Bahia &eacute; o estado onde mais pessoas vivem em munic&iacute;pios situados nessas condi&ccedil;&otilde;es de desenvolvimento."</p>
<p>Apesar do cen&aacute;rio desfavor&aacute;vel, houve evolu&ccedil;&atilde;o no IFDM baiano entre 2013 e 2023: o &iacute;ndice estadual passou de 0,2966 para 0,4920, uma alta de 65,9% (veja abaixo). O principal motor desse avan&ccedil;o foi a &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o, com crescimento de 130,9%, seguida por Sa&uacute;de (+69,2%) e Emprego &amp; Renda (+22,6%).</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/5bdf49a5-8e7a-480f-900c-9d245be92637.jpg?width=740&amp;height=774" alt="Apesar dos dados, &iacute;ndices na Bahia melhoraram | Foto: IFDM 2023"></p>
<h2>Educa&ccedil;&atilde;o melhora, mas segue em n&iacute;veis preocupantes</h2>
<p>O IFDM Educa&ccedil;&atilde;o subiu de 0,2127 para 0,4910 em uma d&eacute;cada. Ainda assim, a maioria dos munic&iacute;pios segue em situa&ccedil;&atilde;o cr&iacute;tica ou baixa: 71,2% com desenvolvimento baixo, 16,5% com desenvolvimento cr&iacute;tico, apenas 12,2% alcan&ccedil;aram desenvolvimento moderado e nenhum atingiu grau alto.</p>
<h2>Sa&uacute;de &eacute; a melhor &aacute;rea, mas s&oacute; um munic&iacute;pio tem grau alto</h2>
<p>Na vertente da Sa&uacute;de, o &iacute;ndice m&eacute;dio saltou de 0,3321 para 0,5620, ficando 6,4% abaixo da m&eacute;dia nacional. O munic&iacute;pio de Maetinga foi o &uacute;nico a atingir grau de desenvolvimento alto nessa &aacute;rea. Mesmo assim: 61,4% dos munic&iacute;pios t&ecirc;m desenvolvimento baixo, 34,1% moderado, 4,3% seguem em grau cr&iacute;tico.</p>
<h3>Emprego e renda seguem como grande gargalo</h3>
<p>O menor avan&ccedil;o foi registrado em Emprego &amp; Renda, com crescimento de apenas 22,6% no per&iacute;odo. A m&eacute;dia do estado ficou em 0,4230, com predomin&acirc;ncia de classifica&ccedil;&otilde;es negativas: 54,9% dos munic&iacute;pios com desenvolvimento cr&iacute;tico, 35% com desenvolvimento baixo, 9,6% moderado e apenas dois munic&iacute;pios (0,5%) com grau alto.</p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/politica/ivana-bastos-explica-processo-de-pedido-de-impeachment-contra-jeronimo" target="_blank" rel="noopener">+ Ivana Bastos explica processo de pedido de impeachment contra Jer&ocirc;nimo</a></p>
<h3>Os destaques positivos e negativos do ranking</h3>
<p>O munic&iacute;pio de Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es lidera o ranking estadual de 2023, com IFDM de 0,6865.<a href="https://aratuon.com.br/cidade/salvador-e-pior-capital-do-nordeste-em-ranking-de-desenvolvimento" target="_blank" rel="noopener"> Salvador aparece em 7&ordm; lugar, com nota 0,6442</a>. Outros destaques incluem Mata de S&atilde;o Jo&atilde;o, Irec&ecirc; e Brumado. Segundo o estudo: "Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es foi o &uacute;nico, dentre os dez, a atingir grau de desenvolvimento alto na vertente Emprego &amp; Renda."</p>
<p>Por outro lado, Pil&atilde;o Arcado ocupa a &uacute;ltima coloca&ccedil;&atilde;o no estado, com IFDM de apenas 0,2986. Cidades como Iramaia, Paratinga e Tapero&aacute; tamb&eacute;m est&atilde;o entre os piores desempenhos. Um caso emblem&aacute;tico &eacute; o de Buritirama, que perdeu 81 posi&ccedil;&otilde;es no ranking estadual, mesmo com crescimento nas tr&ecirc;s &aacute;reas. A Firjan explica: "Embora a cidade tenha evolu&iacute;do em todas as vertentes, o fato de ter crescido abaixo da m&eacute;dia do estado nos dois &uacute;ltimos indicadores fez com que fosse ultrapassada por outros munic&iacute;pios."</p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/economia/ipca-sobe-0-43-em-abril-e-acumula-alta-de-5-53-no-periodo-de-um-ano" target="_blank" rel="noopener">+ IPCA sobe 0,43% em abril e acumula alta de 5,53% no per&iacute;odo de um ano</a></p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ba78a17a-690d-4b55-bd7f-05d8cb9133f6.jpg?width=2379&amp;height=1910" alt="Detalhamento das cidades da Bahia | Foto: Aratu On | Fonte: IFDM"></p>
<h3>Quadro exige pol&iacute;ticas p&uacute;blicas urgentes</h3>
<p>Apesar de avan&ccedil;os pontuais, a an&aacute;lise deixa claro que o desenvolvimento socioecon&ocirc;mico da Bahia ainda &eacute; prec&aacute;rio. A aus&ecirc;ncia de munic&iacute;pios com grau alto em qualquer uma das &aacute;reas avaliadas demonstra a necessidade urgente de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas estruturantes.</p>
<p>"Mesmo com evolu&ccedil;&atilde;o generalizada, a m&eacute;dia do indicador do estado se situa abaixo da m&eacute;dia nacional", conclui o estudo.</p>

<p style="text-align: justify;">Salvador &eacute; a pior capital do Nordeste em desenvolvimento municipal. &Eacute; o que aponta o &Iacute;ndice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado nesta quinta-feira (8) pela Federa&ccedil;&atilde;o das Ind&uacute;strias do Estado do Rio de Janeiro &nbsp;(Firjan). Os dados s&atilde;o referentes a 2023.</p>
<p style="text-align: justify;">Segundo o ranking, Salvador apresentou &iacute;ndice IFDM 0,6442. A primeira do ranking &eacute; Fortaleza, com 0,7389.&nbsp;</p>
<h2 style="text-align: justify;">Ranking de desenvolvimento municipal do Nordeste</h2>
<ol style="text-align: justify;">
<li>Fortaleza: 0,7389</li>
<li>Teresina: 0,7242</li>
<li>Recife: 0,7088</li>
<li>Aracaju: 0,6906</li>
<li>S&atilde;o Lu&iacute;s: 0,6826</li>
<li>Jo&atilde;o Pessoa: 0,6765</li>
<li>Natal: 0,6686</li>
<li>Macei&oacute;: 0,6600</li>
<li>Salvador: 0,6442</li>
</ol>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/8ef78af5-a93f-4f76-a4d3-371f118e4408.jpeg?width=1600&amp;height=1066" alt="Piora no &iacute;ndice de Salvador foi puxada pela queda no &iacute;ndice de emprego e renda | Foto: Thuane Maria/GOVBA"></p>
<p style="text-align: justify;">Os par&acirc;metros analisados para construir o levantamento foram sa&uacute;de, educa&ccedil;&atilde;o e emprego e renda. Nacionalmente, Salvador ocupa a 24&ordf; posi&ccedil;&atilde;o entre as capitais &ndash; o mesmo patamar registrado no &uacute;ltimo &nbsp;IFDM apurado, em 2013.</p>
<p style="text-align: justify;">Apesar de manter a posi&ccedil;&atilde;o, a capital baiana obteve o quinto maior aumento do &iacute;ndice entre as capitais brasileiras: 23,5%. Ficou atr&aacute;s, apenas, de Macei&oacute;, Fortaleza, Bel&eacute;m e Teresina.</p>
<p style="text-align: justify;"><a href="https://aratuon.com.br/geral/salvador-sediara-debate-sobre-futuro-da-internet" target="_blank" rel="noopener">+ Salvador sediar&aacute; debate sobre futuro da Internet</a></p>
<p style="text-align: justify;">Em 10 anos, Salvador obteve melhora de 113% no &iacute;ndice de educa&ccedil;&atilde;o e 21,1% em sa&uacute;de. Contudo, houve queda de 2,2% em emprego e renda.</p>
<p style="text-align: justify;">Curitiba, S&atilde;o Paulo e Vit&oacute;ria lideram o ranking nacional do &Iacute;ndice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que mede o desempenho dos munic&iacute;pios brasileiros nas &aacute;reas de emprego, renda, educa&ccedil;&atilde;o e sa&uacute;de. A capital paranaense ocupa o primeiro lugar com &iacute;ndice de 0,8137, seguida por S&atilde;o Paulo (0,7497) e Vit&oacute;ria (0,7461).</p>
<p style="text-align: justify;">Fortaleza aparece na 13&ordf; coloca&ccedil;&atilde;o, com 0,7389, sendo a cidade mais bem colocada do Nordeste.<br>O IFDM varia de 0 a 1 ponto. Quanto mais pr&oacute;ximo de 1, melhor o desempenho. O estudo classifica os munic&iacute;pios em quatro categorias: cr&iacute;tico (abaixo de 0,4), baixo (entre 0,4 e 0,6), moderado (entre 0,6 e 0,8) e alto (acima de 0,8). Apenas Curitiba atingiu o patamar de desenvolvimento alto.</p>
<p style="text-align: justify;"><a href="https://aratuon.com.br/politica/maioria-dos-deputados-baianos-vota-por-brecha-que-pode-beneficiar-bolsonaro" target="_blank" rel="noopener">+ Maioria dos deputados baianos vota por brecha que pode beneficiar Bolsonaro</a></p>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/eb40b55f-dfd9-466e-923c-398ac1daf33a.jpg?width=999&amp;height=667" alt="Educa&ccedil;&atilde;o em Salvador melhorou nos &uacute;ltimos 10 anos, aponta &iacute;ndice | Foto: Lucas Moura/Secom"></p>
<h2 style="text-align: justify;">Posi&ccedil;&atilde;o de Salvador na Bahia</h2>
<p style="text-align: justify;">No estado, a capital baiana &eacute; a s&eacute;tima colocada entre as cidades. Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es, no oeste, lidera, com &iacute;ndice 0,6865. &nbsp;Salvador fica atr&aacute;s de Irec&ecirc; (0,6731), Brumado (0,6631), Barreiras (0,6603), Mata de S&atilde;o Jo&atilde;o (0,6585) e Mucuri (0,6505). O top 10 do estado &eacute; encerrado por Pojuca (0,6417), e Cama&ccedil;ari e Concei&ccedil;&atilde;o do Jacu&iacute;pe (0,6380).&nbsp;</p>
<p style="text-align: justify;">Na outra ponta, as cinco cidades com menor &iacute;ndice s&atilde;o S&iacute;tio do Mato (0,3515), Campo Alegre de Lourdes (0,3339), Paratinga (0,3250), Iramaia (0,3013 e Pil&atilde;o Arcado (0,2986).</p>
<p style="text-align: justify;"><a href="https://aratuon.com.br/politica/ivana-bastos-explica-processo-de-pedido-de-impeachment-contra-jeronimo" target="_blank" rel="noopener">+ Ivana Bastos explica processo de pedido de impeachment contra Jer&ocirc;nimo</a></p>
<h2 style="text-align: justify;"><br>Ranking dos munic&iacute;pios baianos com melhor IFDM</h2>
<p style="text-align: justify;">1&ordm; &ndash; Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es &ndash; 0,6865<br>2&ordm; &ndash; Irec&ecirc; &ndash; 0,6731<br>3&ordm; &ndash; Brumado &ndash; 0,6631<br>4&ordm; &ndash; Barreiras &ndash; 0,6603<br>5&ordm; &ndash; Mata de S&atilde;o Jo&atilde;o &ndash; 0,6585<br>6&ordm; &ndash; Mucuri &ndash; 0,6505<br>7&ordm; &ndash; Salvador &ndash; 0,6442<br>8&ordm; &ndash; Pojuca &ndash; 0,6417<br>9&ordm; &ndash; Cama&ccedil;ari &ndash; 0,6380<br>9&ordm; &ndash; Concei&ccedil;&atilde;o do Jacu&iacute;pe &ndash; 0,6380</p>
<h2 style="text-align: justify;">Ranking das capitais brasileiras no IFDM 2023</h2>
<p style="text-align: justify;">1&ordm; &ndash; Curitiba &ndash; 0,8855<br>2&ordm; &ndash; S&atilde;o Paulo &ndash; 0,8271<br>3&ordm; &ndash; Vit&oacute;ria &ndash; 0,8200<br>4&ordm; &ndash; Campo Grande &ndash; 0,8101<br>5&ordm; &ndash; Belo Horizonte &ndash; 0,8063<br>6&ordm; &ndash; Rio de Janeiro &ndash; 0,7933<br>7&ordm; &ndash; Cuiab&aacute; &ndash; 0,7922<br>8&ordm; &ndash; Palmas &ndash; 0,7889<br>9&ordm; &ndash; Goi&acirc;nia &ndash; 0,7865<br>10&ordm; &ndash; Florian&oacute;polis &ndash; 0,7733<br>11&ordm; &ndash; Bras&iacute;lia &ndash; 0,7549<br>12&ordm; &ndash; Porto Alegre &ndash; 0,7515<br>13&ordm; &ndash; Fortaleza &ndash; 0,7389<br>14&ordm; &ndash; Teresina &ndash; 0,7242<br>15&ordm; &ndash; Recife &ndash; 0,7088<br>16&ordm; &ndash; Aracaju &ndash; 0,6906<br>17&ordm; &ndash; S&atilde;o Lu&iacute;s &ndash; 0,6906<br>18&ordm; &ndash; Jo&atilde;o Pessoa &ndash; 0,6765<br>19&ordm; &ndash; Porto Velho &ndash; 0,6759<br>20&ordm; &ndash; Rio Branco &ndash; 0,6732<br>21&ordm; &ndash; Natal &ndash; 0,6686<br>22&ordm; &ndash; Macei&oacute; &ndash; 0,6600<br>23&ordm; &ndash; Manaus &ndash; 0,6555<br>24&ordm; &ndash; Salvador &ndash; 0,6442<br>25&ordm; &ndash; Bel&eacute;m &ndash; 0,6403<br>26&ordm; &ndash; Boa Vista &ndash; 0,6319<br>27&ordm; &ndash; Macap&aacute; &ndash; 0,5662</p>

<p>Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Ivana Bastos (PSD) confirmou que o pedido de impeachment contra o governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) &eacute; analisado pela Procuradoria-Geral da Casa. Ela &eacute; a entrevistada desta quinta-feira (8) no programa Linha de Frente.</p>
<p>&ldquo;A parte jur&iacute;dica, a Procuradoria vai ver se &eacute; pertinente ou n&atilde;o, se tem ou n&atilde;o assinatura. Logo que a Procuradoria nos remeter este, estudo vamos instalar o pedido ou arquivar. Depende muito do parecer da Procuradoria Jur&iacute;dica&rdquo;, explicou.</p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/politica/ivana-bastos-visita-tv-aratu-e-destaca-desafios-a-frente-da-alba" target="_blank" rel="noopener">+ Ivana Bastos visita TV Aratu e destaca desafios &agrave; frente da Alba</a></p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/816de310-f42b-4908-bb55-a848816c119b.jpg?width=2047&amp;height=1365" alt="Ivana Bastos, presidente da AL-BA | Foto: Vaner Casaes/AL-BA"></p>
<p>O pedido de impeachment contra Jer&ocirc;nimo f<a href="https://aratuon.com.br/politica/deputado-pede-impeachment-de-jeronimo-apos-ataque-a-bolsonaristas" target="_blank" rel="noopener">oi protocolado nesta semana pelo deputado estadual Leandro de Jesus (PT)</a> em rea&ccedil;&atilde;o aos ataques do petista a bolsonaristas. <a href="https://aratuon.com.br/politica/bolsonaro-cobra-acao-do-stf-apos-jeronimo-atacar-bolsonaristas" target="_blank" rel="noopener">As falas geraram rea&ccedil;&otilde;es, inclusive, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).</a></p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/politica/jeronimo-rodrigues-sugere-levar-bolsonaristas-para-a-vala-veja" target="_blank" rel="noopener">+ Jer&ocirc;nimo Rodrigues sugere levar bolsonaristas 'para a vala'; veja</a></p>
<p>Para Ivana Bastos, os ataques de Jer&ocirc;nimo n&atilde;o gerar&atilde;o impactos entre o governo e a AL-BA. &ldquo;O governador se desculpou publicamente. Acho que todo mundo conhece o governador Jer&ocirc;nimo e sabe que ele &eacute; um homem evang&eacute;lico, de bem, e n&atilde;o foi aquela a inten&ccedil;&atilde;o dele. E ele j&aacute; disse isso publicamente&rdquo;, opinou.</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a746aade-1afb-4d71-ae66-5efe40dac9af.jpg?width=2047&amp;height=1365" alt="Ivana Bastos | Foto: Vaner Casaes / ALBA"></p>

<article><header></header>
<p>A maioria dos deputados federais da Bahia votou a favor da suspens&atilde;o da a&ccedil;&atilde;o penal que <a href="https://aratuon.com.br/politica/camara-suspende-acao-contra-deputado-por-envolvimento-em-atos-golpistas" target="_blank" rel="noopener">apura a participa&ccedil;&atilde;o do deputado Alexandre Ramagem (PL) nos atos golpistas</a>. A medida pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros investigados por envolvimento na trama. Ao todo, 19 parlamentares baianos votaram a favor, 15 foram contra, um se absteve e tr&ecirc;s n&atilde;o registraram voto (veja lista ao longo da mat&eacute;ria).</p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/politica/stf-forma-maioria-para-tornar-bolsonaro-e-aliados-reus-por-tentativa-de-golpe" target="_blank" rel="noopener">+ STF torna Bolsonaro e aliados r&eacute;us por tentativa de golpe de Estado</a></p>
<p>A proposta, articulada pelo PL e aprovada na C&acirc;mara nesta quarta-feira (8) por 315 votos a 143, interrompe o processo contra Ramagem &mdash; acusado de atuar para impedir a posse do presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT). O texto abre brecha para que toda a a&ccedil;&atilde;o penal seja paralisada, favorecendo tamb&eacute;m outros r&eacute;us, inclusive Bolsonaro.</p>
<p>A medida tem efeito imediato e n&atilde;o precisa de aval do Senado. No entanto, quatro ministros do Supremo Tribunal Federal j&aacute; sinalizaram que a decis&atilde;o da C&acirc;mara &eacute; inconstitucional, por ultrapassar os limites da imunidade parlamentar definidos pela Constitui&ccedil;&atilde;o, segundo o jornal Folha de S. Paulo.</p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/politica/bolsonaro-cobra-acao-do-stf-apos-jeronimo-atacar-bolsonaristas" target="_blank" rel="noopener">+ Bolsonaro cobra a&ccedil;&atilde;o do STF ap&oacute;s fala de Jer&ocirc;nimo: 'Discurso carregado de &oacute;dio'</a></p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/5689b61a-cbed-42c8-9ddf-245bdd3835ac.jpg?width=600&amp;height=338" alt="Suspens&atilde;o de a&ccedil;&atilde;o contra Ramagem pode beneficiar Bolsonaro | Foto: Valter Campanato/Ag&ecirc;ncia Brasil"></p>
<h2>Como votaram os deputados da Bahia</h2>
<h3>A favor (19)</h3>
<ul>
<li>Adolfo Viana (PSDB)</li>
<li>Alex Santana (Republicanos)</li>
<li>Arthur Oliveira Maia (Uni&atilde;o)</li>
<li>Capit&atilde;o Alden (PL)</li>
<li>Dal Barreto (Uni&atilde;o)</li>
<li>Diego Coronel (PSD)</li>
<li>Elmar Nascimento (Uni&atilde;o)</li>
<li>Gabriel Nunes (PSD)</li>
<li>Jo&atilde;o Le&atilde;o (PP)</li>
<li>Jo&atilde;o Carlos Bacelar (PL)</li>
<li>Leur Lomanto Jr. (Uni&atilde;o)</li>
<li>M&aacute;rcio Marinho (Republicanos)</li>
<li>M&aacute;rio Negromonte Jr. (PP)</li>
<li>Neto Carletto (Avante)</li>
<li>Paulo Azi (Uni&atilde;o)</li>
<li>Ricardo Maia (MDB)</li>
<li>Roberta Roma (PL)</li>
<li>Rog&eacute;ria Santos (Republicanos)</li>
</ul>
<h3>Contra (15)</h3>
<ul>
<li>Alice Portugal (PCdoB)</li>
<li>Bacelar (PV)</li>
<li>Daniel Almeida (PCdoB)</li>
<li>F&eacute;lix Mendon&ccedil;a Jr. (PDT)</li>
<li>Ivoneide Caetano (PT)</li>
<li>Jorge Solla (PT)</li>
<li>Joseildo Ramos (PT)</li>
<li>Josias Gomes (PT)</li>
<li>Leo Prates (PDT)</li>
<li>L&iacute;dice da Mata (PSB)</li>
<li>Otto Alencar Filho (PSD)</li>
<li>Pastor Sargento Isid&oacute;rio (Avante)</li>
<li>Paulo Magalh&atilde;es (PSD)</li>
<li>Valmir Assun&ccedil;&atilde;o (PT)</li>
<li>Waldenor Pereira (PT)</li>
<li>Z&eacute; Neto (PT)</li>
</ul>
<h3>Absten&ccedil;&atilde;o (1)</h3>
<ul>
<li>Charles Fernandes (PSD)</li>
</ul>
<h3>N&atilde;o votaram (3)</h3>
<ul>
<li>Antonio Brito (PSD)</li>
<li>Jos&eacute; Rocha (Uni&atilde;o)</li>
<li>Raimundo Costa (Podemos)</li>
</ul>
<p>Dos 36 parlamentares baianos que votaram, 13 s&atilde;o filiados a partidos que comp&otilde;em minist&eacute;rios de Lula - o que corresponde a 36% dos votos dos deputados eleitos pela Bahia. Veja abaixo:</p>
<ul>
<li>MDB: Ricardo Maia</li>
<li>PSD: Diego Coronel, Gabriel Nunes</li>
<li>PP: Jo&atilde;o Le&atilde;o, M&aacute;rio Negromonte Jr.</li>
<li>Uni&atilde;o Brasil: Arthur Oliveira Maia, Dal Barreto, Elmar Nascimento, Paulo Azi, Leur Lomanto Jr.</li>
<li>Republicanos: Alex Santana, M&aacute;rcio Marinho, Rog&eacute;ria Santos</li>
</ul>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/941bb77f-3fdb-4373-915d-263a5dfdbd0c.jpg?width=640&amp;height=480" alt="Diego Coronel (PSD), filho do senador Angelo Coronel (PSD), vota a favor de suspens&atilde;o de a&ccedil;&atilde;o contra Ramagem que pode beneficiar Bolsonaro | Foto: divulga&ccedil;&atilde;o/C&acirc;mara"></p>
<p>Um dos nomes da lista acima &eacute; o de Diego Coronel. Ele &eacute; filho de Angelo Coronel (PSD), ainda aliado do presidente Lula e do governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT). Ele, contudo, vive processo de crise na rela&ccedil;&atilde;o com a base lulista. Setores governistas enxergam movimenta&ccedil;&otilde;es de Coronel e seus filhos para migrar para a oposi&ccedil;&atilde;o ao PT na Bahia.</p>
<p>Do mesmo partido de Diego Coronel, o PSD, Otto Alencar Filho, filho do senador Otto Alencar, votou contra suspender a a&ccedil;&atilde;o contra Ramagem.&nbsp;</p>
<h2>Bolsonaro beneficiado?</h2>
<p>A articula&ccedil;&atilde;o &eacute; vista por aliados de Bolsonaro como um precedente para barrar processos em curso no STF. J&aacute; a base governista promete recorrer &agrave; Suprema Corte. &ldquo;Algu&eacute;m vai provocar o Supremo, e o Supremo vai declarar inconstitucional&rdquo;, afirmou o l&iacute;der do PT na C&acirc;mara, Lindbergh Farias (RJ).</p>
<p>A crise pode aprofundar o atrito entre os Poderes, j&aacute; que o STF havia alertado a C&acirc;mara de que s&oacute; poderia sustar crimes cometidos ap&oacute;s a diploma&ccedil;&atilde;o do parlamentar. No caso de Ramagem, parte dos crimes atribu&iacute;dos a ele ocorreram antes de sua posse.</p>
</article>

<p>Haver&aacute; mais deputados no Brasil? A C&acirc;mara aprovou nesta ter&ccedil;a-feira (6) um projeto de lei complementar que amplia o n&uacute;mero de cadeiras na Casa de 513 para 531 a partir da legislatura de 2027. O texto, que agora segue para o Senado, foi apoiado por 97% dos deputados federais da Bahia &mdash; 35 dos 36 parlamentares. Apenas o deputado Capit&atilde;o Alden (PL) votou contra (veja abaixo).</p>
<h2>Deputados da Bahia que votaram a favor</h2>
<ul>
<ul>
<li>Alex Santana (Republicanos)</li>
<li>Alice Portugal (PCdoB)</li>
<li>Antonio Brito (PSD)</li>
<li>Arthur Maia (Uni&atilde;o)</li>
<li>Bacelar (PV)</li>
<li>Charles Fernandes (PSD)</li>
<li>Claudio Cajado (PP)</li>
<li>Dal Barreto (Uni&atilde;o)</li>
<li>Daniel Almeida (PCdoB)</li>
<li>Diego Coronel (PSD)</li>
<li>Elmar Nascimento (Uni&atilde;o)</li>
<li>F&eacute;lix Mendon&ccedil;a J&uacute;nior (PDT)</li>
<li>Gabriel Nunes (PSD)</li>
<li>Ivoneide Caetano (PT)</li>
<li>Jo&atilde;o Carlos Bacelar (PL)</li>
<li>Jo&atilde;o Le&atilde;o (PP)</li>
<li>Jorge Solla (PT)</li>
<li>Joseildo Ramos (PT)</li>
<li>Josias Gomes (PT)</li>
<li>Leo Prates (PDT)</li>
<li>Leur Lomanto J&uacute;nior (Uni&atilde;o)</li>
<li>L&iacute;dice da Mata (PSB)</li>
<li>M&aacute;rcio Marinho (Republicanos)</li>
<li>M&aacute;rio Negromonte Jr. (PP)</li>
<li>Neto Carletto (Avante)</li>
<li>Otto Alencar Filho (PSD)</li>
<li>Pastor Sargento Isid&oacute;rio (Avante)</li>
<li>Paulo Azi (Uni&atilde;o)</li>
<li>Paulo Magalh&atilde;es (PSD)</li>
<li>Ricardo Maia (MDB)</li>
<li>Rog&eacute;ria Santos (Republicanos)</li>
<li>Valmir Assun&ccedil;&atilde;o (PT)</li>
<li>Waldenor Pereira (PT)</li>
<li>Z&eacute; Neto (PT)</li>
</ul>
</ul>
<h2>Deputado da Bahia que votou contra</h2>
<ul>
<ul>
<li>Capit&atilde;o Alden (PL)</li>
</ul>
</ul>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/80a7c0ea-2a31-4932-9986-1abe9997bbcc.jpg?width=1989&amp;height=1223" alt="Capit&atilde;o Alden (PL) votou contra aumento do n&uacute;mero de deputados | Foto: Bruno Spada/C&acirc;mara dos Deputados"></p>
<p>A proposta gerar&aacute; um impacto or&ccedil;ament&aacute;rio anual de R$ 64,8 milh&otilde;es, conforme estimativa da Diretoria-Geral da C&acirc;mara. Esse custo ser&aacute; absorvido pelas previs&otilde;es or&ccedil;ament&aacute;rias da pr&oacute;xima legislatura e inclui n&atilde;o apenas os sal&aacute;rios e estrutura dos novos parlamentares, mas tamb&eacute;m o volume adicional de emendas parlamentares que esses deputados poder&atilde;o indicar no Or&ccedil;amento da Uni&atilde;o.</p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/politica/vereador-do-rs-e-condenado-por-fala-xenofobica-contra-baianos" target="_blank" rel="noopener">+ Vereador do RS &eacute; condenado por fala xenof&oacute;bica contra baianos</a></p>
<p>A amplia&ccedil;&atilde;o da C&acirc;mara &eacute; uma resposta a uma decis&atilde;o do Supremo Tribunal Federal (STF) de agosto de 2023, que determinou ao Congresso a atualiza&ccedil;&atilde;o da composi&ccedil;&atilde;o da Casa com base nos dados do Censo de 2022. Caso o Congresso n&atilde;o tomasse uma decis&atilde;o at&eacute; 30 de junho deste ano, caberia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promover a redistribui&ccedil;&atilde;o.</p>
<p>O projeto aprovado &eacute; um substitutivo apresentado pelo deputado Dami&atilde;o Feliciano (Uni&atilde;o-PB) ao PLP 177/23, da deputada Dani Cunha (Uni&atilde;o-RJ). O relator justificou a amplia&ccedil;&atilde;o com argumentos pol&iacute;ticos e demogr&aacute;ficos: "Estamos a falar de um acr&eacute;scimo modesto de 3,5%, enquanto a popula&ccedil;&atilde;o nos &uacute;ltimos 40 anos cresceu mais de 40%", disse.</p>
<p>Ele tamb&eacute;m alertou para o risco de desequil&iacute;brio federativo: "Perder cadeiras significa perder peso pol&iacute;tico na correla&ccedil;&atilde;o federativa e, portanto, perder recursos".</p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/politica/jeronimo-confirma-presenca-em-comitiva-de-lula-na-china" target="_blank" rel="noopener">+ Jer&ocirc;nimo confirma presen&ccedil;a em comitiva de Lula na China</a></p>
<h2>Ajuste &agrave; popula&ccedil;&atilde;o</h2>
<p>O novo texto mant&eacute;m as bancadas dos estados que perderiam cadeiras pela regra anterior e distribui as novas vagas entre os estados com maior crescimento populacional, com base em crit&eacute;rios estabelecidos pelo STF. As mudan&ccedil;as s&atilde;o as seguintes:</p>
<ul>
<li>Par&aacute;: de 17 para 21 deputados</li>
<li>Santa Catarina: de 16 para 20</li>
<li>Amazonas: de 8 para 10</li>
<li>Cear&aacute;: de 22 para 23</li>
<li>Goi&aacute;s: de 17 para 18</li>
<li>Minas Gerais: de 53 para 54</li>
</ul>
<p>Al&eacute;m disso, o relator aplicou ajustes de proporcionalidade para evitar distor&ccedil;&otilde;es. O Mato Grosso, por exemplo, ter&aacute; 10 deputados em vez de 9, mesma quantidade que o Rio Grande do Norte, apesar de popula&ccedil;&otilde;es distintas.</p>
<p>O Paran&aacute; tamb&eacute;m teve sua bancada ampliada de 30 para 31 deputados, para n&atilde;o ficar atr&aacute;s do Rio Grande do Sul, que tem popula&ccedil;&atilde;o menor, mas manter&aacute; 31 cadeiras.</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/22308558-8df3-4f34-9b9d-f4ff2dacc62c.jpg?width=1000&amp;height=616" alt="Projeto foi votado nesta ter&ccedil;a-feira (7) pelos deputados | Vinicius Loures/C&acirc;mara dos Deputados"></p>
<h2>Peso regional</h2>
<p>Com a nova configura&ccedil;&atilde;o, o peso das regi&otilde;es na C&acirc;mara tamb&eacute;m muda:</p>
<ul>
<li>Norte: de 65 para 71 deputados (12,67% &rarr; 13,37%)</li>
<li>Sul: de 77 para 82 (15% &rarr; 15,44%)</li>
<li>Centro-Oeste: de 41 para 44 (7,99% &rarr; 8,28%)</li>
<li>Nordeste: de 151 para 154 (29,43% &rarr; 29%)</li>
<li>Sudeste: de 179 para 180 (34,89% &rarr; 33,89%)</li>
</ul>
<h2>Censo contestado</h2>
<p>O texto aprovado impede novas mudan&ccedil;as nas bancadas at&eacute; a divulga&ccedil;&atilde;o dos resultados do pr&oacute;ximo censo demogr&aacute;fico. No Brasil, os censos ocorrem a cada dez anos. Como o de 2020 foi adiado para 2022, a pr&oacute;xima altera&ccedil;&atilde;o s&oacute; poder&aacute; ocorrer em 2034, caso o novo levantamento seja realizado at&eacute; 2032.</p>
<p><a href="https://aratuon.com.br/politica/alba-aprova-emprestimo-de-r-600-milhoes-para-o-governo-da-bahia" target="_blank" rel="noopener">+ Alba aprova empr&eacute;stimo de R$ 600 milh&otilde;es para o governo da Bahia</a></p>
<p>Permanece no texto a possibilidade de contesta&ccedil;&atilde;o dos dados do Censo por partidos pol&iacute;ticos ou estados prejudicados, com julgamento a ser feito pelo Tribunal de Contas da Uni&atilde;o (TCU) em at&eacute; 60 dias. N&atilde;o ser&aacute; permitido o uso de estimativas ou pesquisas amostrais para justificar impugna&ccedil;&otilde;es. Se os dados forem considerados n&atilde;o confi&aacute;veis, eles n&atilde;o poder&atilde;o ser usados para redistribui&ccedil;&atilde;o de cadeiras.</p>

Matheus Caldas

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