Lula comenta julgamento de Bolsonaro no STF: 'Se é inocente, prove'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nesta terça-feira (2), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro

Por Bruna Castelo Branco.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nesta terça-feira (2), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada após Lula comparecer ao velório do jornalista Mino Carta, em São Paulo.

Bolsonaro é acusado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, de liderar uma tentativa de golpe de Estado para se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022.

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Questionado sobre as expectativas em relação ao julgamento, Lula disse esperar que a decisão seja baseada em provas. | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

“O que está acontecendo é que os fatos estão vindo à tona e as pessoas estão começando a perceber que período nefasto da história brasileira nós vivemos”, afirmou Lula. Ele também citou o legado de Mino Carta: “E obviamente que o Mino Carta, se tivesse hoje, sentado na frente da sua máquina, não do computador, da sua máquina, ou na caneta, estaria escrevendo quem sabe a mais bela história do que aconteceu nos últimos anos no Brasil”.

Questionado sobre as expectativas em relação ao julgamento, o presidente disse esperar que a decisão seja baseada em provas e na garantia da defesa: “Ninguém está julgando ninguém pessoalmente, ou seja, tem um processo, tem os autos, tem delações, tem provas, e a pessoa que está sendo acusada tem o direito a presunção da inocência, ele pode se defender como eu não pude me defender. E eu não reclamei. Eu não fiquei chorando, eu fui à luta. Se é inocente, prove que é inocente”.

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Bolsonaro é acusado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, de liderar uma tentativa de golpe de Estado para se manter no poder. | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Lula também comentou as tentativas de interferência do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: “Olha, eu acho que não tem porque ficar temendo a acusação americana. O que está acontecendo com os Estados Unidos é que ele exacerbou, sabe, qualquer coisa que a gente tinha conhecimento na história da humanidade de um governo se meter a julgar o comportamento da justiça de outro país. É um negócio inacreditável”.

O presidente reforçou que Trump não foi eleito para ser “imperador do mundo” e afirmou estar aberto ao diálogo: “Eu não tenho nenhum interesse de brigar com os Estados Unidos da América do Norte, nenhum interesse. Eu tenho interesse de fazer com que essa amizade de 201 anos possa conviver democraticamente mais 201 anos. Se houver disposição para negociar, o Lulinha Paz e Amor está de volta”. Assista:

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