Entenda ponto a ponto como será o VLT de Salvador
Sistema terá 36,4 km de extensão, 34 estações e investimento de R$ 5 bilhões
Por Matheus Caldas.
Quatro anos após a desativação dos trens do Subúrbio, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Salvador começa a tomar forma, prometendo transformar a mobilidade urbana da capital baiana e região metropolitana.
Com 36,4 km de extensão, 34 estações e custo estimado em R$ 5 bilhões, o projeto atual substitui a proposta anterior de monotrilho e busca integrar diferentes modais de transporte.
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Entregas previstas por trecho
- Trecho 1 (Calçada a Ilha de São João):
Obra concluída: 18,67%
Previsão de entrega: 2027 - Trecho 2 (Paripe a Águas Claras):
Obra concluída: 13,3%
Previsão de entrega: 2028 - Trecho 3 (Águas Claras a Piatã):
Situação: elaboração do projeto executivo
Previsão de entrega: 2028
Lista de estações por trecho
Trecho 1 – Ilha de São João a Calçada (16,7 km)
- Ilha de São João
- Olindina
- Paripe
- Coutos
- Setúbal
- Periperi
- Praia Grande
- Escada
- Itacaranha
- São Brás
- Plataforma
- São João
- União
- Lobato
- Viaduto Suburbana
- Santa Luzia
- Baixa do Fiscal
- Calçada
Trecho 2 – Paripe a Águas Claras (9,2 km)
- São Luiz
- Base Naval
- Via Bronze
- Moema
- Valença
- Hospital do Subúrbio
- Valéria
- Águas Claras (estação de integração com o metrô e a nova rodoviária)
Trecho 3 – Águas Claras a Piatã (10,5 km)
- Castelo Branco
- Regional
- Cajazeiras
- Alphaville
- Bairro da Paz
- Solaris
- SENAI
- Piatã
- Orla
O que será feito com os antigos trens do Subúrbio?
Os trens que operavam no antigo sistema ferroviário serão requalificados em Alagoinhas. Eles serão enviados para museus nas cidades de Santa Inês, Miguel Calmon e na própria Alagoinhas, como parte de um projeto de preservação da memória ferroviária da Bahia.
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Situação atual das obras
Nesta terça-feira (29), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) autorizou novas frentes de trabalho: a requalificação da Estação Calçada, além da construção do Mercado São Brás e de uma Unidade de Beneficiamento de Pescados em Plataforma.
Segundo levantamento do Aratu On, os avanços mais visíveis ocorrem entre Calçada e Plataforma, onde parte dos trilhos já foi instalada. Também há progresso na Estrada do Derba, que será ponto de integração com o metrô e com a nova rodoviária, prevista para outubro de 2025.
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Outras áreas ainda passam por intervenções de drenagem e preparação do solo. Em Periperi, a instalação dos trilhos deve começar em junho. Até agora, foram investidos aproximadamente R$ 500 milhões do orçamento total. A previsão é que os primeiros trens comecem a ser testados ainda neste ano, num percurso de 2 km com passageiros.
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Do monotrilho ao VLT: o que mudou
O primeiro projeto, firmado em 2018 com a empresa chinesa Skyrail, ligada à BYD, previa a implantação de um monotrilho elevado de 23,28 km com 21 estações. Após atrasos, paralisações e mudança de governo, o contrato foi rescindido em 2023.
O novo projeto, lançado em 2024, opta por um VLT de superfície, com maior extensão (36,4 km), mais estações (34), custo mais elevado (R$ 5 bilhões) e integração aprimorada com o metrô. A tecnologia adotada é considerada mais viável técnica e financeiramente, especialmente por se adequar melhor ao traçado urbano e permitir um menor impacto ambiental e visual.
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