Começa nesta terça o julgamento do núcleo 4 da trama golpista
Sete réus do núcleo 4 da trama golpista terão suas condutas analisadas, todos acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cinco crimes
Por Dinaldo dos Santos.
Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciam nesta terça-feira (14) o julgamento do núcleo 4 da trama golpista, que buscava manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, contrariando o resultado das urnas nas eleições de 2022.
No último dia 11 de setembro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu a fase de dosimetria do núcleo 1 e condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão. A pena deverá ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.
A votação terminou em 4 a 1 a favor da condenação e foi finalizada com o voto do ministro Cristiano Zanin, que se posicionou contra os pedidos da defesa de anular o processo ou de transferi-lo para o plenário. A única divergência foi do ministro Luiz Fux, que votou a favor dos pedidos da defesa. Após o resultado, a condenação de Bolsonaro virou manchete em jornais pelo mundo.
Julgamento do núcleo 4
Nesta terça (14), sete réus, do conhecido “núcleo da desinformação”, terão suas condutas analisadas, todos acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cinco crimes, os mesmos que levaram Bolsonaro a ser condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.
De acordo com a denúncia, o grupo teria atuado na propagação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e na realização de ataques virtuais contra instituições e autoridades durante o período eleitoral. A PGR sustenta que os envolvidos disseminaram desinformação para enfraquecer a confiança no processo eleitoral e fomentar o ambiente de ruptura institucional.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também aponta indícios de uso de estruturas do Estado, como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Palácio do Planalto, para intimidar opositores e reforçar a narrativa golpista.
Os sete réus do núcleo 4:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros – major da reserva do Exército;
- Ângelo Martins Denicoli – major da reserva do Exército;
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha – engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;
- Giancarlo Gomes Rodrigues – subtenente do Exército;
- Guilherme Marques de Almeida – tenente-coronel do Exército;
- Reginaldo Vieira de Abreu – coronel do Exército;
- Marcelo Araújo Bormevet – agente da Polícia Federal.
O julgamento será conduzido no rito processual da Primeira Turma e está previsto para ocorrer das 9h às 19h, com intervalo para o almoço.
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