Assembleia aprova projetos de deputados; oposição barra homenagem a Júnior Marabá
Casa também aprovou três honrarias
Por João Brandão.
A Assembleia Legislativa da Bahia aprovou, nesta terça-feira (8), quatro projetos de autoria de parlamentares, em sessão marcada por tensão política e manobras regimentais. A votação seguiu a nova diretriz da presidente da Casa, deputada Ivana Bastos (PSD), de pautar proposições dos colegas de forma contínua, e não apenas ao fim dos períodos legislativos.
Entre os projetos aprovados, destacam-se dois projetos de lei:
• Um, de autoria do deputado Alex da Piatã (PSD), que obriga estabelecimentos a afixarem placas informando a lotação máxima em ambientes fechados.
• Outro, do deputado licenciado e atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida (PSB), que assegura o direito de toda mulher a ter acompanhante em consultas e exames médicos.

A Casa também aprovou três honrarias:
• A Comenda Dois de Julho ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, proposta pela Mesa Diretora da Assembleia.
• A mesma comenda ao deputado federal Antonio Brito (PSD), por iniciativa do deputado Patrick Lopes (Avante).
• O título de cidadão baiano ao delegado da Polícia Federal Leandro Almada da Costa, proposto pelo deputado Adolfo Menezes (PSD).
Apesar do avanço na pauta, um projeto foi retirado da votação após uma manobra do deputado Alan Sanches (União), que assumia a liderança da oposição na ausência de Tiago Correia (PSDB). Ele se recusou a assinar a dispensa de formalidades para o projeto de resolução que concederia o título de cidadão baiano ao prefeito de Luís Eduardo Magalhães, o goiano Júnior Marabá (PP), de autoria do deputado Antonio Henrique Júnior (PP).
Alan justificou a decisão pelas recentes críticas de Marabá ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), apontado por Marabá como ausente em relação às lideranças do interior. “Ele (Marabá) não fez carreata em 2022 porque achava Neto bonitinho, e sim porque achava que ele ganharia”, ironizou Alan, classificando as críticas como “pequenez política”.
No final da sessão, houve tumulto após o deputado Euclides Fernandes (PT) tentar obstruir a votação do projeto de Angelo Almeida, alegando que a proposta não havia tramitado na Comissão de Constituição e Justiça. O deputado Vitor Azevedo (PL), que presidia os trabalhos ao lado de Ivana Bastos, lembrou que Euclides já havia votado favoravelmente ao texto na semana anterior. Fernandes também questionou o formato de votação das honrarias, mas a presidente encerrou a sessão com base no acordo de dispensa de formalidades previamente firmado entre os blocos.
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