Preço alto faz peru perder espaço no Natal dos brasileiros, diz pesquisa
Preço alto do peru e insumos dolarizados alteram hábitos de compra dos brasileiros no Natal, segundo pesquisa
Por Da redação.
Fonte: SBT News
A ave tradicional do Natal está custando, em média, R$ 32 o quilo. Multiplicando o valor por cinco, peso médio de um peru, o preço sobe rapidamente. Aqueles perus gigantes, de 10 ou 12 quilos, já nem existem mais no comércio comum e só podem ser encontrados por encomenda, já que poucos consumidores teriam condições de pagar.

Segundo um levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, neste ano o peru deve ficar 13% mais caro que no ano passado, um aumento três vezes maior que a inflação oficial. No entanto, esse cálculo é apenas uma prévia. No comércio, a lógica é simples: se vender pouco, o preço pode cair para evitar sobras; se vender muito, o valor tende a continuar elevado.
Especialistas explicam que a cadeia produtiva do peru tem itens dolarizados, o que contribui para o encarecimento do produto, além da alta demanda típica deste período do ano.
“Tem esse efeito, que é um produto sazonal, com alta demanda nessa época do ano. Tem também a questão do dólar, já que alguns insumos podem ser importados”, afirma Marcelo Pereira, economista e técnico da Fipe.
O peru de Natal pode ficar ainda mais caro quando comprado pronto. Em alguns cardápios, o quilo chega a R$ 120. Um peru de cinco quilos, por exemplo, pode custar quase R$ 600. Pesquisar preços é sempre a principal recomendação. Mas é importante destacar que as outras aves natalinas também não estão baratas.
Como alternativa, durante o período natalino, Salvador entrou em uma Rota Gastronômica com pratos diferenciados em 17 bares e restaurantes no Centro Histórico de Salvador. A Rua do Chile, Pelourinho e Santo Antônio Além do Carmo serão contemplados com menus especiais inspirados nas receitas clássicas da ceia de Natal. O projeto “Minha Ceia no Centro Histórico” segue até o dia 25 de dezembro, e os valores variam entre R$ 20,00 e R$ 149,00.
Em meio às confraternizações e às compras de presentes de Natal, muitos consumidores acabam fazendo gastos não essenciais, comuns neste período, que se acumulam ao longo das festas. Especialistas do Sicoob alertam que essas pequenas despesas, embora pareçam inofensivas de forma isolada, podem se transformar em um fator relevante de desequilíbrio financeiro ao fim do ano.

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