Educação na Bahia: escolas, universidades, programas e desafios

Panorama de acesso à Educação Infantil no Brasil, Pnad Contínua e Anuário da educação básica: veja principais estudos e índices sobre a educação na Bahia

Por Júlia Naomi.

Da primeira infância até a escolha de uma profissão, uma formação integral e cidadã com plenos direitos garantidos tem na educação o seu alicerce. De acordo com o Anuário da Educação Básica 2025, a educação na Bahia é composta por 15.870 escolas, 167.368 professores e 3.416.548 estudantes matriculados, entre instituições públicas e particulares.

Educação Na Bahia impacta trajetória de mais de 3 milhões de estudantes da rede pública e privada, segundo Anuário da Educação Básica 2025. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Entre os principais destaques da educação básica na Bahia está o índice de atendimento a crianças em idade pré-escolar (4 a 5 anos). De acordo com o Panorama de acesso à Educação Infantil no Brasil, publicado em agosto desse ano, o estado está entre os três com maior percentual de cobertura (97,3%) deste público e supera a média nacional (94,6%). Em primeiro lugar está o Piauí, que atingiu a meta de universalização, seguido por Sergipe, com taxa de 97,4%.

Já na idade correspondente ao curso ideal do ensino fundamental (6 a 14 anos), de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual do 2º trimestre de 2025, a taxa de escolarização é de 99,5%, assim como na média brasileira.

No Brasil, a educação básica é obrigatória dos 4 aos 17 anos de idade, devendo ser ofertada de forma gratuita, segundo estabelece a emenda constitucional nº 59/2009. Para quem ainda tem dúvida de como fazer matrículas na educação infantil da rede pública do estado, o Aratu On preparou um guia completo.

Apesar de não obrigatória, a creche, que atende crianças de 0 a 3 anos, é um direito estabelecido pela Lei n° 13.306/16 do Estatuto da Criança e do Adolescente. De acordo com o Panorama de acesso à Educação Infantil no Brasil, publicado em agosto deste ano, a taxa de atendimento de crianças em idade de creche (0 a 3 anos) na Bahia é de 36,9%, enquanto em todo o Brasil, a média é de 41,2%.

Educação infantil inclui creche, para crianças de 0 a 3 anos, e pré-escola, dos 4 a 5 anos. Foto: André Borges / Agência Brasil

O levantamento, feito pelo movimento Todos Pela Educação, não faz distinção entre escolas públicas e privadas, mas aponta que a dificuldade de acesso a creches aumenta conforme a renda familiar diminui. Além disso, mostra que em todo o país, 35,2% das crianças de 0 a 3 anos não acessavam esse serviço por opção dos responsáveis.  Ainda assim, a demanda de atendimento estimada para a faixa de idade é de 60,8%.

Apesar da frequência escolar no ensino fundamental estar próxima à universalização, a Bahia enfrenta desafios relacionados à alfabetização na idade certa. De acordo com o Indicador Criança Alfabetizada, estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgado pelo Ministério da Educação em julho de 2025, apenas 36% das crianças atingiram o padrão adotado na pesquisa.

Em relação ao índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023, o mais recente divulgado até o momento, a Bahia alcançou 5,3 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental (1° ao 5° ano). Este resultado supera a meta estabelecida para o estado no período em 0,3 pontos. Contudo, nos anos finais do ensino fundamental (6° ao 9° ano), a Bahia registrou 4,2 pontos, ficando abaixo da meta, que era de 4,8.

O indicador varia de 0 a 10 e quanto melhor o desempenho dos alunos, maior o resultado. A medida é composta por resultados referentes à aprovação dos estudantes (fluxo escolar) e às médias de desempenho nas avaliações de português e matemática. 

Esta combinação impede que os sistemas de ensino retenham seus alunos para obter melhores notas, pois prejudicariam o fator fluxo. Caso a aprovação do aluno aconteça sem a qualidade necessária, o resultado das avaliações também indicará a necessidade de melhoria no sistema educacional. 

Além dessa fragilidade encontrada no avanço da etapa escolar, a análise comparada dos dados da Pnad Contínua indica que o desafio da evasão escolar se concentra na faixa etária do ensino médio (15 a 17 anos), quando a taxa de escolarização cai para 95,9%.

Foto: Secretaria de Educação da Bahia / Divulgação

Em entrevista ao Aratu On sobre programas para o enfrentamento da evasão escolar na Bahia, publicada no dia 25 de setembro, o assessor especial da Secretaria Estadual de Educação (SEC-BA), Manoel Calazans explica que a evasão escolar tem motivações complexas. Dentre elas, estão as necessidades financeiras da família e a multirrepetência escolar.

Na sessão 'Principais programas do governo da Bahia para a educação', a reportagem detalha ações que têm sido tomadas no enfrentamento da problemática.  Dentre elas, Calazans menciona o Educa Mais Bahia, estratégia do Programa Baiano de Educação Integral Anísio Teixeira, que visa expansão da educação em tempo integral no estado.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social do estado da Bahia, em todas as etapas da educação básica, o ensino em tempo integral teve um aumento de 42% em relação a 2024. Ao todo, 214 escolas ofertam o ensino médio na modalidade, segundo a Secretaria de Educação do Estado da Bahia.

A ampliação desse modelo educacional segue o Programa Escola em Tempo Integral, lançado pelo Governo Federal em 2023, que tem como objetivo aumentar as matrículas na Educação Básica com o oferecimento de suporte técnico e financeiro, beneficiando especialmente alunos em situação de maior vulnerabilidade social.

Principais programas do governo da Bahia para a educação

Em busca de fortalecer o ensino e o aprendizado, os programas do Governo da Bahia para a educação envolvem a implementação de iniciativas pedagógicas, políticas educacionais e de permanência. Dentre os esforços estão os Programas e Projetos Estruturantes da Educação Básica do Estado da Bahia, o Bahia Alfabetizada, o Bolsa Presença e o Educa Mais Bahia.

Foto: Mateus Pereira / GovBa

De acordo com a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC-BA), os Programas e Projetos Estruturantes "contribuem para a diversificação e inovação das práticas curriculares, potencializando os processos educativos, numa perspectiva de formação crítica, transformadora e emancipatória".

Os Programas e Projetos Estruturantes são interdisciplinares, com o objetivo de contemplar diversidade sociocultural dos estudantes, promover o cuidado consigo, com o outro e com os espaços comuns e promover o protagonismo dos alunos, com a valorização de todo o percurso pedagógico. 

Dentre as ações está o Programa Ciência na Escola, que busca incentivar o potencial criativo de estudantes da educação básica por meio da participação em atividades de iniciação científica e tecnológica. Os projetos devem considerar o contexto local e global e respeitar os valores multiculturais que influenciam a produção do conhecimento. 

O PCE prevê a interação dos alunos com outros espaços públicos para a realização de projetos de pesquisa. Os aprendizados adquiridos e os conhecimentos produzidos devem ser socializados em feiras de ciências.

Além dele, os Programas e Projetos Estruturantes da Educação Básica abrangem:

  • Projetos Artísticos e Culturais;

  • Jogos Escolares da Bahia;

  • Projetos de Educação Ambiental e Sustentabilidade;

  • Projeto Saúde na escola.

Programa Bahia Alfabetizada

Já o programa Bahia Alfabetizada tem o objetivo de fortalecer o regime de colaboração entre o governo estadual e os 417 municípios baianos pela alfabetização na idade certa e o combate ao analfabetismo no estado. A iniciativa foi lançada em 7 de agosto de 2025, cerca de um mês após a divulgação dos resultados do Indicador Criança Alfabetizada, referente ao ano de 2024.

Govern da Bahia sanciona lei do Programa Bahia Alfabetizada em 7 de agosto de 2025. Foto: Divulgação

De acordo com o estudo, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a Bahia teve o menor índice de alfabetização infantil do país no ano de 2024. Ao final do 2° ano do ensino fundamental, apenas 36% das crianças no estado atingiram os parâmetros de alfabetização utilizados na pesquisa.

Dentre as diretrizes do programa estão a avaliação e monitoramento da política educacional no estado e nos municípios, além do acompanhamento dos indicadores de aprendizagem. Seus principais objetivos incluem diminuir o analfabetismo e aperfeiçoar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nas escolas públicas. 

O programa é baseado em princípios como a diversidade territorial, a atuação sistêmica focada na escola, a equidade e o combate às desigualdades.

A adesão dos municípios é voluntária e possibilita o recebimento de serviços e investimentos para o fortalecimento da gestão escolar, formação continuada de professores, aquisição de materiais didáticos e pedagógicos e implementação de avaliações.

O plano apresenta dois pilares: o Eixo Criança Alfabetizada e o Eixo Alfabetização Paulo Freire. O primeiro apresenta um plano de 10 semanas para a alfabetização da totalidade de crianças até o final do 2° ano do ensino fundamental e recomposição da aprendizagem  dos estudantes matriculados até o 5° ano do ensino fundamental.

O segundo visa fortalecer a Educação de Jovens e Adultos (EJA)  garantindo a continuidade nos estudos de jovens a partir de 15 anos de idade, adultos e idosos, abrangendo comunidades indígenas, quilombolas, ciganas, assentados e ribeirinhos.

No Brasil a taxa de analfabetismo entre as pessoas de 65 anos ou mais é de 20,3%, de acordo com o Censo Demográfico de 2022. Foto: Geovana Albuquerque Agência Brasil

No Brasil, de acordo com o Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as maiores taxas de analfabetismo foram observadas entre pessoas pretas, pardas e indígenas, com aumento do desafio entre faixas etárias mais avançadas. A competência da leitura contribui para a inclusão social, política, econômica e cultural de todos.

O Eixo Paulo Freire terá um prazo mínimo de implementação de dois anos, podendo ser prorrogado por mais quatro anos. Anualmente, será realizada uma avaliação diagnóstica para analisar a qualidade das ações, corrigir pontos frágeis e fortalecer os pontos positivos.

Combate à evasão da educação na Bahia

A Bahia é o terceiro estado do Brasil com maior atendimento na pré-escola (97,3%) e tem 99,5% de escolarização entre crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, que é a idade correspondente ao ensino fundamental. Desse modo, o principal desafio para o enfrentamento da evasão escolar se manifesta a partir da idade correspondente ao curso ideal do ensino médio (15 a 17 anos), em que a taxa de escolarização cai para 95,9%. 

Os dados são do Panorama de acesso à Educação Infantil no Brasil de 2024 e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual do 2º trimestre de 2025, respectivamente.

Bolsa Presença

O Programa Bolsa Presença é uma iniciativa do Governo do Estado para combater a evasão escolar, por meio de um incentivo financeiro associado à frequência escolar dos estudantes. Também é exigido que os alunos participem das avaliações de aprendizagem promovidas pela escola onde estão matriculados.

Ao longo do ano letivo, cada família de estudantes habilitados para o programa recebe R$150 por mês. A partir do segundo aluno matriculado, há um acréscimo de R$50. Para receber o benefício, é necessário manter o vínculo da família no Cadastro Único para Programas Sociais, que identifica as famílias de baixa renda residentes em todo território nacional. 

Bolsa Presença é um incentivo financeiro à conclusão da educação na Bahia. Foto: Emerson Santos

De acordo com o governo, o auxílio garante a segurança alimentar para 341.056 famílias em condições de vulnerabilidade econômica. A soma estimada dos valores destinados pelo estado aos estudantes em 2025 é de R$ 582,9 milhões.

Regime de Progressão Parcial (RPP)

O assessor especial da Secretaria Estadual de Educação (SEC-BA), Manoel Calazans, aponta a distorção idade-série como um fator de risco para a evasão escolar.

"Quando a gente tem um aluno que foi reprovado durante muito tempo, ele fica em uma turma em que os colegas são muito mais novos que ele e acaba criando também um desinteresse, porque a convivência fica muito desigual", exemplifica.

Para Calazans, a multirrepetência inflige no estudante o sentimento de que ele não pertence ao ambiente escolar, ainda mais em famílias que já enfrentam a sub-escolarização. 

Com o intuito de combater a distorção idade-série e seus impactos sobre o envolvimento escolar do estudante, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia implementa o Regime de Progressão Parcial (RPP), em que o aluno avança os estudos, mas "fica devendo os componentes curriculares em que ele não foi aprovado". 

Foto: Caminhos Da Reportagem / TV Brasil

A SEC dispõe de um ambiente virtual de ensino chamado Plataforma Plural, em que o estudante tem aulas referentes à série anterior, com o objetivo de prestar avaliações. "Inclusive, existem professores que têm uma carga horária por escola já para acompanhar esses meninos que estão em RPP", explica o assessor.

Educa Mais Bahia

A Secretaria da Educação do Estado também implementa a Educa Mais Bahia, ação do Programa Baiano de Educação Integral Anísio Teixeira (Lei 14.359/2021), como estratégia para redução da evasão escolar. A iniciativa disponibiliza, no contraturno escolar, oficinas de atividades artísticas, esportivas, culturais, de saúde e de cidadania, para a formação integral dos estudantes.

As oficinas, que podem ser de teatro a vôlei, por exemplo, são ministradas por monitores selecionados pela unidade escolar e devem ser contextualizadas com o território em que vivem os estudantes." A SEC recomenda que sejam pessoas da comunidade, justamente para atrair os estudantes e formar um vínculo mais forte", detalha Manoel Calazans.

Resultados da Bahia no Enem 2024

A Bahia se encontra entre os quatro últimos colocados no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024, que considera a média de desempenho dos candidatos nos 26 estados e no Distrito Federal. Para fazer o levantamento, a reportagem do Aratu On analisou os microdados da avaliação, divulgados pelo Ministério da Educação por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

Provas do Exame Nacional do Ensino Médio. Foto: Divulgação / MEC / Flickr

Entre as escolas baianas com melhores médias de desempenho no Enem 2024, predominam instituições privadas. No topo do ranking está o Colégio Bernoulli, que alcançou a nota média de 730,49, consolidando-se como a melhor escola de Salvador e da Bahia no Enem 2024. Em seguida, estão o Centro Educacional Villa Lobos (687,10) e o Colégio Integral (682,83), ambos privados e reconhecidos pela qualidade do ensino oferecido.

As únicas escolas públicas no ranking dos 100 melhores desempenhos médios no estado são de dependência administrativa federal. São elas: o Colégio Militar de Salvador, que ocupa a 28° posição, com média de 658,36 pontos, e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) - Campus Salvador, em 98° lugar, com média de 628,86 pontos. 

Os Institutos Federais protagonizam 25 dos 30 melhores resultados entre as escolas públicas da Bahia no Enem 2024. Já os colégios militares se destacam entre as instituições estaduais, com as melhores classificações no ranking.

O Colégio da Polícia Militar CPM Eraldo Tinoco, de Vitória da Conquista, é a escola estadual melhor classificada, ocupando o 234° lugar na classificação geral do estado, com média de 586.97 pontos. Quando são consideradas apenas instituições públicas, o CPM figura na 19º posição.

A partir da edição de 2025, a avaliação volta a servir como conclusão do ensino médio e como declaração parcial de proficiência nessa etapa de ensino, desde que o participante alcance a pontuação mínima em cada área de conhecimento das provas.

Para quem deseja obter mais informações sobre índices relacionados ao ensino médio na Bahia, o Aratu On preparou uma reportagem completa.

Melhores universidades da Bahia

O Aratu On comparou as avaliações do Ranking Universitário Folha 2024 (RUF 2024) e do Times Higher Education World University Rankings (THE 2026).  Em ambas as listas, a Universidade Federal da Bahia apresenta o melhor desempenho no estado, seguida pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). 

Educação na Bahia tem universidades públicas como referência no ensino superior. Foto: Divulgação

No RUF 2024, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) figura em quarto lugar, seguida pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Já no THE 2026, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) figuram em quarto e quinto lugar, respectivamente.

Em uma reportagem sobre as melhores universidades da Bahia, o Aratu On apresenta a lista completa de instituições baianas presentes no RUF 2024 e explica o motivo de haver variação entre os rankings. Além disso, mostra as instituições públicas e privadas bem avaliadas segundo o Índice Geral de Cursos e o Conceito Institucional do Ministério da Educação.

Educação técnica e profissional na Bahia

A educação técnica e profissional na Bahia amplia as oportunidades de trabalho da população, seja pela contratação por empresas públicas ou privadas, seja no momento de prestar concursos públicos. Isso acontece uma vez que a educação profissional e técnica (EPT) oferece uma formação com conhecimentos teóricos e práticos necessários para exercer diferentes profissões.

Foto: Divulgação / SeducMT

A EPT existe no Brasil desde 1909 e está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Ela se articula a diferentes níveis de educação, desde a educação profissional e técnica de nível médio, até a educação profissional e tecnológica de graduação e pós-graduação.

O Aratu On preparou uma reportagem com indicações sobre as principais instituições de ensino técnico e profissional na Bahia, além de áreas mais promissoras no mercado de trabalho do estado.

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