Supermercados ficam proibidos de abrirem aos domingos a partir de 2026

Pioneira no Brasil, a iniciativa ocorre após negociação entre sindicatos patronais e trabalhadores do setor

Por Da redação.

Supermercados, mercados e atacarejos do Espírito Santo deixarão de funcionar aos domingos, em cenário que começa a partir de 1º de março de 2026.  A medida, que é pioneira no Brasil, vale até 31 de outubro do mesmo ano e integra a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2025/2027, firmada entre o Sindicomerciários e a Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio).

Supermercados Foto Tânia Rêgo Agência Brasil

A cláusula intitulada “Descanso aos domingos” abrange trabalhadores de empresas de gêneros alimentícios, como hipermercados, autosserviços, atacadistas, atacarejos, mercearias, hortifrútis e lojas em shopping centers, além do setor de material de construção.

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O acordo também estabelece pagamento de auxílio-alimentação de R$ 150 para empresas com cinco ou mais funcionários, reajuste salarial de 7% e piso de R$ 1.650,00 para a categoria.

Motivos da paralisação dos supermercados aos domingos

Segundo representantes do setor supermercadista, a decisão está relacionada à escassez de mão de obra. O tema envolve faltas constantes aos domingos, atestados médicos — inclusive falsificados — e dificuldades para manter equipes completas no período. A avaliação é de que operar com equipes incompletas compromete o atendimento.

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A Acaps (Associação Capixaba de Supermercados) informou que o descanso aos domingos já era reivindicado pelo Sindicomerciários.

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A CCT ainda prevê que as regras sobre funcionamento poderão ser reavaliadas nas negociações econômicas programadas para novembro de 2026.

Clientes Em Compra Em Supermercado Foto Tânia Rêgo Agência Brasil Arquivo

Medida pode ter abrangência nacional?

O Sindicomerciários avalia que os efeitos mais significativos ocorrerão na Grande Vitória. A entidade explica que, no interior, boa parte das cidades já opera com comércio fechado aos domingos, como Linhares, Colatina e São Mateus, onde existem acordos específicos.

A direção do sindicato considera que o fechamento reforça o debate nacional sobre escalas de trabalho e descanso semanal. Além disso, a entidade também destaca que a inclusão do auxílio-alimentação na convenção coletiva representa avanço nas negociações. Para ela, a concessão do benefício rompe uma resistência histórica do setor patronal e abre caminho para ampliar a medida a outras categorias no varejo, especialmente lojas.

 

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