'Home office' volta a patamar pré-pandemia, aponta IBGE; entenda

Proporção de trabalhadores que realizam suas atividades profissionais em 'Home Office' recua pelo segundo ano consecutivo no Brasil

Por Rosana Bomfim.

A proporção de trabalhadores que realizam suas atividades profissionais em 'Home Office' recua pelo segundo ano consecutivo no Brasil. De acordo com os dados da edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a modalidade profissional, se volta ao patamar pré-pandemia.

 'Home office' volta a patamar pré-pandemia, aponta IBGE; entenda. | Foto: Ilustração Pexels

Em 2024, cerca de 6,6 milhões de pessoas estavam em home office, número inferior ao registrado em 2022, quando o contingente ultrapassou 6,7 milhões. A retração também aparece na proporção: o trabalho em domicílio representava 7,9% dos ocupados, ante 8,4% em 2022. O ponto de virada ocorreu em 2023, com 6,61 milhões (8,2%).

O levantamento reúne dados anuais desde 2012, com exceção de 2020 e 2021, anos em que a coleta presencial foi inviabilizada pela pandemia de covid-19. Ao todo, o universo analisado é composto por 82,9 milhões de trabalhadores, excluídos servidores públicos e empregados domésticos, conforme critério do IBGE.

Mulheres são maioria no trabalho remoto

As mulheres seguem predominantes no home office: 61,6% dos trabalhadores nessa modalidade em 2024 são do sexo feminino.

Quando se observa o total de ocupados, 13% das mulheres estavam em home office, contra 4,9% dos homens.

Regressão causa queixas e tensões nas empresas

A queda do trabalho remoto tem gerado insatisfação em setores que adotaram o modelo com mais força nos últimos anos.

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No início de novembro, o Nubank anunciou uma política de retorno gradual ao presencial, o que resultou, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na demissão de 12 funcionários insatisfeitos com a mudança.

Já em março, empregados da Petrobras realizaram uma paralisação que, entre outros pontos, criticava a redução do teletrabalho.

'Home office' volta a patamar pré-pandemia, aponta IBGE; entenda. | Foto: Ilustração Pexels

Onde os brasileiros trabalham

A Pnad detalha os principais locais de exercício da atividade profissional em 2024:

  • Estabelecimento do próprio empreendimento: 59,4%

  • Local designado pelo empregador: 14,2%

  • Fazenda, sítio, chácara etc.: 8,6%

  • Domicílio de residência: 7,9%

  • Veículo automotor: 4,9%

  • Via ou área pública: 2,2%

  • Estabelecimento de outro empreendimento: 1,6%

  • Domicílio do empregador ou freguês: 0,9%

  • Outro local: 0,2%

Cresce o trabalho em veículos e homens dominam categoria

O levantamento também destaca o aumento do trabalho realizado em veículos automotores, que passou de 3,7% em 2012 para 4,9% em 2024.

Segundo Kratochwill, o avanço está ligado ao crescimento de plataformas como Uber e 99, além da expansão do setor de food trucks.

A atividade, porém, é marcadamente masculina: 94,6% dos trabalhadores nessa condição são homens. Entre eles, 7,5% atuam em veículos; entre as mulheres, apenas 0,7%.

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