Mulher trans denuncia agressão de vizinho em Salvador: 'Não tem motivo'
Mulher trans relatou ter sido atacada com uma barra de ferro após reclamar de uma janela
Uma mulher trans de 31 anos, identificada como Pamela, denunciou ter sido agredida por um vizinho, um homem de 50 anos, na noite da última terça-feira (27). Em entrevista à reportagem da TV Aratu, nesta sexta-feira (28), ela relata que foi atacada com uma barra de ferro após reclamar de uma janela instalada na residência do suspeito, que, segundo ela, ficava voltada diretamente para sua casa.

De acordo com Pamela, ela estava próxima a um bar para comprar uma bebida quando foi surpreendida pelo homem, que a atingiu por trás. A vítima sofreu um ferimento na cabeça, precisou levar pontos e teve o braço fraturado durante a agressão.
Ainda segundo a mulher, o episódio ocorreu após desentendimentos anteriores com o vizinho. Ela afirma que já havia solicitado que o homem respeitasse sua privacidade, já que a janela permitia visão direta para o interior de sua residência.
“Eu nunca passei por uma situação dessas. Eu não sei o motivo, eu só questionei a janela, não tinha motivo para ele fazer isso. Agora estou com muito medo, porque estou sozinha em casa”, contou Pamela, emocionada.
Segundo a Polícia Civil, as investigações seguem em andamento, e o autor responderá ao inquérito em liberdade.
Assista à reportagem completa:
'Transexual não tem direito a viver?'
“Será que uma transexual não tem direito a viver?”. Essa foi a pergunta de Edson Alves Pereira, pai de Alice Martins Alves, de 33 anos, durante o velório da filha, no último dia 10. Ela foi agredida na região da Savassi, em Belo Horizonte (MG), em 23 de outubro, e morreu no último domingo (9), após dias internada.
Em entrevista à imprensa local, Edson falou que morava com Alice e relatou uma convivência próxima e afetuosa com a filha. “Perdi uma grande amiga, parceira, minha companheira de assistir filmes e tomar uma cervejinha em casa”, contou.
Segundo Edson, Alice estava em um restaurante na Rua Sergipe, na Savassi, quando atravessou em direção à Avenida Getúlio Vargas. “Três caras estavam esperando por ela. Agrediram violentamente. Quebrou o nariz, várias costelas, e parece que pisaram nas pernas dela, que ficaram roxas. Foi socorrida pelo Samu, não fizeram exames como radiografia ou tomografia. Ela foi encaminhada para a UPA Centro-Sul e em seguida chamou um Uber e foi para casa”, relatou o pai.
Durante a madrugada, ele foi ao quarto da filha e ouviu dela: “Pai, olha o que fizeram comigo”. Edson disse que tentou conseguir imagens de câmeras de segurança no local, mas não obteve retorno. “Depois que ela voltou para casa foi só luta. Ela começou a vomitar, não conseguia se alimentar, perdeu 13 quilos. Estava muito fraca e com muita dor”, afirmou.

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