Na Antena 1, Mário Kertész comenta fim do Banco Master e crise na segurança

Kertész fez uma análise da conjuntura política recente

Por Juana Castro.

O jornalista e radialista Mário Kertész participou nesta terça-feira (18) dos programas Linha de Frente, exibidos no YouTube da TV Aratu e na Rádio Antena 1 Salvador, respectivamente. Recepcionado pela CEO do Grupo Aratu, Ana Coelho, e entrevistado por Pablo Reis, ele abordou temas do cenário nacional, como a liquidação do Banco Master e a crise da Segurança Pública no Brasil.

Mário foi recepcionado pela CEO do Grupo Aratu, Ana Coelho | Foto: Raissa Gomes/Aratu On

Mário Kertész fala sobre fim do Banco Master

Ao comentar a liquidação extrajudicial do Banco Master, decretada pelo Banco Central no mesmo dia da prisão de seu controlador, Daniel Vorcaro, Mário Kertész expressou satisfação:

“Fico alegre. Não porque desejo prejuízo pra ninguém, mas porque estava vendo quase passar essa história. A coisa começou a ficar grave na hora que o banco regional de Brasília, que pertence ao governo do Distrito Federal, se dispôs a comprar a bomba que esse banco [Master] é.”

Kertész lembrou que o Banco Master foi a instituição que financiou a “mansão fantástica de Flávio Bolsonaro, em Brasília, com prazos longos, juros camaradas”. O jornalista considerou a intervenção do Banco Central como “ótima”, destacando a prisão de Daniel Vorcaro em São Paulo, que, segundo ele, já estaria “em Guarulhos com jatinho pra ir pro exterior”.

Contexto da intervenção

O Banco Central confirmou a liquidação do Master e a intervenção em sua corretora de câmbio, encerrando as negociações de venda para o Grupo Fictor. A decisão foi tomada no mesmo dia em que Daniel Vorcaro foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Compliance Zero, que investiga crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa no Sistema Financeiro Nacional.

Para Kertész, segurança pública é 'o grande problema do Brasil'

Mário Kertész em entrevista à Antena 1 | Foto: reprodução/YouTube

Em seguida, Kertész direcionou o foco para a Segurança Pública, classificando-a como “o grande problema do Brasil” e prevendo que será “o grande ponto de debate da próxima campanha eleitoral”.

Ele criticou a operação policial ocorrida no Rio de Janeiro, classificando-a como “absurdo sob todos os aspectos”. Embora reconheça o apoio popular (“o povo que está lá no meio do fogo diz ‘pelo menos tem alguém aqui fazendo alguma coisa’”), o jornalista questionou a eficácia da ação, que resultou em mais de 120 mortes:

“A pergunta é a seguinte. Mataram 120 e tantos. Eles conseguiram retomar um pedacinho do território ocupado pelo tráfico e pela milícia? Nada! Então não é por aí. É pela grana que se pega.”

Análise da manobra política de Hugo Motta e o PL Antifacção

Questionado por Pablo Reis sobre as manobras políticas envolvendo o Projeto de Lei (PL) Antifacção, de autoria do deputado Hugo Motta, Kertész fez uma análise da conjuntura política recente.

Ele argumentou que, após um período de avaliação fraca, o presidente Lula vinha crescendo politicamente, citando a melhora econômica e encontros internacionais, como a reunião com Donald Trump e a viagem à Malásia.

“Enquanto Lula estava no avião saindo da Malásia para Brasília, a extrema-direita, o governador do Rio resolve fazer aquela ‘lambança’, que resultou positivo pra ele, teve apoio de governadores da direita...”

+ "Houve matança", diz Lula sobre megaoperação no Rio

O jornalista criticou a escolha do relator do PL Antifacção, deputado Guilherme Derrite, ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, a quem chamou de “totalmente desmoralizado” e que “mostrou absoluta incompetência”. Para Kertész, o objetivo da manobra é “tirar dinheiro da Polícia Federal”.

“É nitidamente um jogo político para facilitar a vitória da direita. E acho que o governador de São Paulo deverá sair candidato.”

Derrite altera PL após críticas

Em relação ao PL Antifacção, o relator Guilherme Derrite apresentou a quinta versão do substitutivo após críticas de especialistas e do Governo Federal, principalmente sobre a destinação dos recursos de bens apreendidos de facções. A preocupação era que a versão anterior pudesse reduzir o financiamento da Polícia Federal.

O novo texto manteve a regra de destinar os valores ao ente responsável pela investigação, mas alterou o destino da parte da PF, que agora irá para o Fundo Nacional de Segurança Pública, buscando mitigar o impacto negativo nas contas da corporação. O substitutivo também propõe endurecimento no combate ao crime organizado, com aumento de penas e restrição de benefícios como indulto e progressão de regime para membros de facções e milícias.

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