Seis baianos estão entre os 117 mortos em operação no Rio de Janeiro

Dos seis baianos mortos em operação, dois são apontados como lideranças do Comando Vermelho no Rio de Janeiro

Por Anna Caroline Santiago.

Seis baianos estão entre os 117 suspeitos mortos durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na última terça-feira (28), no Rio de Janeiro. A Cúpula da Segurança Pública do Rio divulgou, nesta sexta-feira (31), a lista com 99 nomes já identificados. A ação, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, deixou 121 mortos ao todo, incluindo quatro policiais.

Embora a lista com 99 mortos identificados já tenha sido divulgada, alguns suspeitos ainda não foram formalmente identificados. Entre eles está Júlio Souza Silva, natural de Salvador, apontado pelas forças de segurança como integrante do Comando Vermelho (CV).

Seis baianos estão entre os 117 mortos em operação no Rio de Janeiro.Foto: Tomaz Silva | Agência Brasil

No local onde o corpo foi encontrado, os agentes apreenderam um fuzil calibre 5.56 com a bandeira da Bahia estampada, além de nove motocicletas.

Outras duas lideranças baianas mortas no confronto foram identificadas apenas pelas iniciais DG e FB.

De acordo com o relatório da Polícia Civil, entre os 121 mortos:

  • 117 eram suspeitos e 4 eram policiais;

  • 78 tinham histórico criminal, com acusações por homicídio e tráfico de drogas;

  • 42 estavam foragidos da Justiça;

  • 39 eram de outros estados, sendo 13 do Pará, 7 do Amazonas, 6 da Bahia, 4 do Ceará, 4 de Goiás, 3 do Espírito Santo, 1 do Mato Grosso e 1 da Paraíba.

A operação Contenção, deflagrada na terça, nos complexos do Alemão e da Penha, mobilizou cerca de 2,5 mil policiais civis e militares com o objetivo de prender lideranças do Comando Vermelho (CV). A ação tina como objetivo principal cumprir cerca de 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão.

A operação tinha como alvo Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, que conseguiu escapar. Considerado o maior chefe do Comando Vermelho em liberdade. Segundo o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, Doca usou “soldados” do tráfico como escudo humano para facilitar a fuga.

 O Disque Denúncia oferece recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à captura do criminoso.

Os confrontos mais intensos ocorreram na Serra da Misericórdia, onde dezenas de corpos foram encontrados por moradores e levados até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha, para facilitar o reconhecimento.

Segundo a Polícia Militar, houve forte resistência por parte de criminosos armados, com barricadas incendiadas e ataques com drones.

O governador Cláudio Castro (PL) classificou a megaoperação como um “sucesso” e afirmou que as únicas vítimas foram os policiais mortos.

“Quero me solidarizar com as famílias dos quatro guerreiros que deram a vida para salvar a população. De vítima, ontem, só tivemos esses policiais”, disse.

Balanço final da operação

  • 121 mortos (117 suspeitos e 4 policiais);

  • 113 presos, sendo 33 de outros estados, como Amazonas, Bahia, Ceará, Pará e Pernambuco;

  • 10 menores apreendidos;

  • 91 fuzis, 26 pistolas e 1 revólver apreendidos;

  • 1 tonelada de drogas confiscada.

Lula sanciona lei que endurece combate ao crime organizado, na mesma semana de operação no Rio de Janeiro | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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