Datafolha: governo Lula estaciona em 32% de aprovação; reprovação chega a 37%
Segundo dados da Datafolha, 32% dos entrevistados consideram a gestão ótima ou boa, enquanto 37% a classificam como ruim ou péssima
Por Dinaldo dos Santos.
A recuperação observada na aprovação do governo Lula (PT) entre as duas últimas pesquisas do Datafolha perdeu fôlego no novo levantamento do instituto. A informação foi publicada pela Folha de São Paulo.

Segundo os dados divulgados, 32% dos entrevistados consideram a gestão ótima ou boa, enquanto 37% a classificam como ruim ou péssima. Outros 30% avaliam o governo como regular.
Na pesquisa anterior, conforme a publicação, os índices eram de 33% de aprovação, 38% de reprovação e 28% de avaliação regular. Dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, o cenário se mantém estável.
No mês de agosto, Lula foi bem avaliado em vários cenários para a sucessão de 2026. Em abril, o petista havia registrado uma leve recuperação na popularidade, após uma queda no início do ano. Há, aproximadamente, dois meses uma fala do presidente repercutiu mal, quando ele afirmou que traficantes “são vítimas dos usuários de drogas”.
No início de setembro, ressaltou o jornal, o Planalto via um quadro mais favorável, já que o percentual de ótimo/bom havia crescido quatro pontos em relação ao levantamento de julho. O Datafolha entrevistou 2.002 eleitores em 113 municípios do país, entre terça-feira (2) e quinta-feira (4).
Lula estaciona: o que mudou?
No levantamento anterior, Lula parecia se beneficiar de um ambiente de polarização mais intensa. Jair Bolsonaro (PL), principal figura do campo opositor, já cumpria prisão domiciliar e seria condenado pelo Supremo Tribunal Federal dois dias após o fim da coleta da pesquisa.
No cenário internacional, reforçou a Folha de São Paulo, ganhava força o embate entre Lula e o então presidente americano, Donald Trump, que combinava críticas ao petista, defesa de Bolsonaro e a imposição de novas tarifas de importação contra o Brasil em meio à sua disputa comercial.
No 7 de Setembro, véspera da coleta de dados daquele levantamento, uma bandeira gigante dos Estados Unidos foi exibida na avenida Paulista — gesto que irritou até parte da liderança bolsonarista pela falta de habilidade estratégica.

De lá para cá, a onda de tensão política perdeu intensidade. No dia 26 de outubro, Lula encontrou Trump na Malásia, dando início a uma reaproximação que já resultou na retirada de algumas sobretaxas impostas a produtos brasileiros e que pode avançar rumo à normalização completa, dependendo dos desdobramentos de um possível ataque americano à Venezuela.
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