Lula afirma que traficantes 'são vítimas dos usuários de drogas'

Na percepção do petista, seria mais fácil enfrentar os dependentes: Lula afirma que traficantes “são vítimas dos usuários de drogas”

Por João Tramm.

Lula afirma que traficantes “são vítimas dos usuários de drogas”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gerou controvérsia nesta sexta-feira (24) durante uma coletiva de imprensa em Jacarta, na Indonésia. Ao abordar o tema do combate às drogas, o petista declarou que os traficantes são “vítimas dos usuários” e que seria “mais fácil”, tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos, “combater viciados”.

A fala ocorreu após Lula ser questionado sobre declarações do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que havia defendido que não seria necessária uma guerra formal para eliminar quem trafica drogas.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Lula afirma que traficantes “são vítimas dos usuários de drogas”

Segundo o petista, é necessário ter mais “cuidado” por parte das nações na forma de enfrentar o problema das drogas.

“Todo mundo, quando a gente fala em combater as drogas, possivelmente, fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente, os usuários. Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também", disse Lula. "Ou seja, então você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra, e tem gente que compra porque tem gente que vende", acrescentou o presidente.

 As declarações, dadas ainda na madrugada (horário de Brasília) provocaram críticas de parlamentares da oposição.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), foi um dos que reagiram, dizendo que o governo Lula “prefere passar pano para o crime”. "É inacreditável. O homem que governa o país defende quem destrói famílias, quem enche os cemitérios e quem espalha violência nas ruas. Para ele, o bandido é vítima e o cidadão de bem é o culpado", escreveu o parlamentar nas redes sociais.

Lula na Indonésia; Foto: Ricardo Stuckert / PR

Lula e Indonésia

O presidente Lula (PT) alterou o decreto 9.199, de novembro de 2017 que impedia o Itamaraty de custear o translado de corpos de brasileiros mortos no exterior. A mudança acontece após a morte da brasileira na Indonésia, a publicitária Juliana Marins, 26 anos.

O caso da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, no último fim de semana, ganhou grande repercussão nas redes sociais, especialmente após a demora das autoridades locais para iniciar o resgate.

Natural de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Juliana ficou presa em um paredão rochoso, a cerca de 500 metros abaixo do penhasco, após ter sido abandonada por um guia turístico durante a trilha.

Na época, o presidente Lula lamentou a morte da brasileira: “Recebi com muita tristeza a notícia da morte de Juliana Marins após queda durante trilha no vulcão Rinjani. Nossos serviços diplomáticos e consulares na Indonésia seguirão prestando todo o apoio à sua família neste momento de tanta dor. E quero expressar a minha solidariedade à sua família – solidariedade que, tenho certeza, também é de todo o povo brasileiro. Que Deus conforte seus corações”, escreveu Lula nas redes sociais.

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