Veja como votaram os deputados baianos em projeto sobre aborto legal infantil
Dos 39 deputados baianos, 18 votaram a favor: Veja como votaram os deputados baianos em projeto sobre aborto legal infantil
Por João Tramm.
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (5), o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 3/2025, que anula uma decisão do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), sobre o acesso de meninas e adolescentes vítimas de estupro ao aborto legal. Veja como votaram os deputados baianos em projeto sobre aborto legal infantil.
O texto foi aprovado por 317 votos favoráveis, 111 contrários e uma abstenção, e agora segue para análise do Senado Federal.

Os parlamentares que defenderam a proposta afirmam que a norma do Conanda teria extrapolado suas atribuições e entrado em conflito com o Código Penal. A resolução do conselho permitia que o aborto em casos de violência sexual fosse realizado sem a necessidade de boletim de ocorrência, decisão judicial ou comunicação aos responsáveis legais, sobretudo quando houvesse indícios de que o agressor fosse um familiar.
O texto também determinava que, em caso de divergência entre a vontade da vítima e de seus responsáveis, profissionais de saúde deveriam acionar o Ministério Público e a Defensoria Pública para obter orientação sobre como proceder. Para os defensores do PDL, essa medida violava o Código Penal, que prevê a decisão dos responsáveis legais sobre o tema.
Veja como votaram os deputados baianos em projeto sobre aborto legal infantil
Dos 39 deputados federais baianos, 18 votaram a favor do PDL, 9 foram contrários, e 12 não registraram voto por ausência ou justificativa.
Votaram a favor (SIM):
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Adolfo Viana (PSDB)
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Alex Santana (Republicanos)
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Antonio Brito (PSD)
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Capitão Alden (PL)
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Charles Fernandes (PSD)
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Claudio Cajado (PP)
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Diego Coronel (PSD)
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Gabriel Nunes (PSD)
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João Leão (PP)
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Leur Lomanto Jr. (União Brasil)
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Márcio Marinho (Republicanos)
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Mário Negromonte Jr. (PP)
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Otto Alencar Filho (PSD)
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Pastor Isidório (Avante)
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Paulo Azi (União Brasil)
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Paulo Magalhães (PSD)
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Raimundo Costa (Podemos)
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Rogéria Santos (Republicanos)
Votaram contra (NÃO):
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Alice Portugal (PCdoB)
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Bacelar (PV)
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Daniel Almeida (PCdoB)
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Félix Mendonça Jr. (PDT)
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Jorge Solla (PT)
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Joseildo Ramos (PT)
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Josias Gomes (PT)
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Lídice da Mata (PSB)
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Waldenor Pereira (PT)
Não votaram / Ausentes:
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Arthur Maia (União Brasil)
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Dal Barreto (União Brasil)
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Elmar Nascimento (União Brasil)
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Ivoneide Caetano (PT)
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João Carlos Bacelar (PL)
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José Rocha (União Brasil)
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Leo Prates (PDT)
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Ricardo Maia (MDB)
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Zé Neto (PT)

Tramita no Congresso também a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante aos brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida "desde a concepção". Foram 35 votos a favor e 15 contrários ao parecer da relatora, deputada Chris Tonietto (PL-RJ), que defendeu a admissibilidade do texto.
A proposta já passou na Comissão de Constituição e Justiça, o assunto gerou fortes embates e chegou a ser adiada a votação na sessão.
Se a PEC for aprovada e promulgada pelo Congresso, o aborto passaria a ser proibido mesmo nas três situações em que atualmente a legislação permite: se o feto for anencéfalo (má formação que inviabiliza a vida fora do útero); quando a gravidez impuser risco de vida à gestante; e quando a gravidez decorrer de um estupro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a afirmar que o projeto de lei que equipara o aborto - mesmo em situações permitidas pela lei - após a 22ª semana de gestação a homicídio é uma “carnificina” contra as mulheres.
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