Lula diz que projeto de lei do aborto era uma 'carnificina' contra as mulheres
O presidente afirmou ainda que, como pessoa, é contra a prática, mas como chefe de Estado, entende que o aborto deva ser tratado como uma questão de saúde pública
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (26/6), que o projeto de lei que equipara o aborto - mesmo em situações permitidas pela lei - após a 22ª semana de gestação a homicídio é uma “carnificina” contra as mulheres.
"O que eu acho que aconteceu é que o projeto apresentado não era um projeto, era uma carnificina contra as mulheres, porque, na verdade, ele estava criminalizando a vítima. Estava querendo que a vítima pegasse tempo de cadeia maior do que o estuprador. Ainda bem, ainda bem que a sociedade se manifestou, graças a Deus, ainda bem que as mulheres estão indo para rua", disse Lula em entrevista ao portal UOL.
O presidente afirmou ainda que, como pessoa, é contra a prática, mas como chefe de Estado, entende que o aborto deva ser tratado como uma questão de saúde pública. O presidente da República trouxe aspectos sociais acerca do tema.
“Eu, Lula pai, sou contra aborto. Mas como Chefe de Estado, eu tenho que tratá-lo como questão de saúde pública, porque uma madame que vai fazer um aborto, ela vai na clínica mais cara do mundo e ninguém nem sabe, enquanto mulher pobre tenta furar o útero com uma agulha de tricô. Eu conheço caso de mulher que pegava fuligem de fogão de lenha para tentar colocar na vagina para abortar. Quer dizer, é insano; então, o Estado tem que cuidar disso”, disse.
Lula lembrou que o debate sobre a interrupção da gestação é antigo e que ele defende que trate o tema como uma questão de saúde pública desde 1982.
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