Quaest: 83% das menções à PEC da Blindagem nas redes sociais são negativas
Pesquisa Quaest coloca Hugo Motta como principal alvo das críticas: 83% das menções à PEC da Blindagem nas redes sociais são negativas
Por João Tramm.
83% das menções à PEC da Blindagem nas redes sociais são negativas, é o que aponta levantamento da pesquisa Quaest divulgado neste sábado (20). Ainda segundo o levantamento, a rejeição dos internaturas apresentou um pico de interações registrado às 19h do dia 16 de setembro, dia em que foi votada.
A Proposta foi aprovada na Câmara na última semana e dificulta investigação contra parlamentares, dos 39 deputados da Bahia, 22 foram a favor do texto. A medida chegou a provocar questionamentos no Supremo Tribunal Federal, onde o ministro Dias Toffoli cobrou explicações da Câmara sobre a tramitação da PEC
O monitoramento identificou volume médio de 24 mil menções por hora, valor inferior ao observado no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, mas acima do registrado durante a discussão sobre o aumento do IOF, entre junho e julho.
Alvos: 83% das menções à PEC da Blingadem são negativas
O principal alvo das menções é o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), quase metade das críticas (46%) cita diretamente o parlamentar, mas também a própria Casa Legislativa entra como alvo principal. Além disso, influenciadores e representantes ligados à esquerda lideram o movimento nas redes sociais de rejeição da matéria,
Utilizando hashtags como #CONGRESSOINIMIGODOPOVO, postagens da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e vídeos de sátira produzidos com inteligência artificial envolvendo Hugo Motta viralizaram nos últimos dias. Até mesmo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece como um dos alvos deste movimento.
As manifestações contrárias à PEC também se refletem em protestos agendados para este domingo (21), responsáveis por 40% das menções, sendo 12% voltadas à participação de artistas e personalidades públicas. Em Salvador, o ato deve contar com a presença da cantora da Daniela Mercury puxando trio elétrico.
Cerca de 15% das publicações conectam a PEC a outros acontecimentos políticos, como debates sobre anistia, a qual teve urgência aprovada na última semana, e o julgamento de Bolsonaro.
O levantamento em grupos públicos de WhatsApp, Telegram e Discord mostrou diferenças de engajamento: em grupos de esquerda, a PEC representou até 11% das mensagens no dia 18 de setembro, enquanto em grupos de direita o percentual foi de apenas 2%. Nesses espaços, o debate girou principalmente em torno da mobilização da militância (27%), apoio a Bolsonaro (22%) e críticas ao STF (12%).
O monitoramento, realizado entre os dias 16 e 19 de setembro, contabilizou 2,3 milhões de menções, com alcance médio de 44 milhões de perfis por hora.
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