Prefeitura faz apelo por volta às aulas e alega ter 90% das escolas operando

Em chamamento público, Prefeitura alega que aproximadamente 370 das mais de 400 escolas estão em funcionamento, enquanto que professores contestam esse número

Por João Tramm.

A Prefeitura de Salvador informou, nesta quinta-feira (17), que cerca de 90% das instituições de ensino da rede municipal já retomaram as atividades – aproximadamente 370 das mais de 400 escolas estão em funcionamento. Apesar disso, professores negam que este número seja real.

Pelo lado da gestão, a informação é que aproximadamente 70% dos docentes voltaram às salas de aula. A Prefeitura ainda diz que o número que tem crescido progressivamente, mesmo com a continuidade da paralisação do magistério. 

Prefeitura faz apelo por volta às aulas e alega ter 90% das escolas operando; Foto: Valter Pontes / Secom PMS

O Executivo municipal renovou, por meio de pronunciamento em rede televisiva, o apelo para que os profissionais que permanecem em greve retomem suas funções, permitindo a reabertura das escolas ainda fechadas e beneficiando milhares de alunos e seus familiares.

O chamamento é direcionado especialmente à liderança do movimento grevista. Para a Prefeitura, a permanência da greve por motivações essencialmente políticas amplia os prejuízos enfrentados por crianças, jovens e seus responsáveis.

A gestão ainda destaca que a campanha salarial de 2025 garantiu reajustes entre 9% e 18% aos profissionais da educação. A legislação aprovada pela Câmara Municipal assegura que nenhum professor da capital baiana receba vencimento inferior ao piso nacional, atualmente de R$ 4.867,77. 

Professores negam números da Prefeitura

Professores negam que este número seja real, em publicação no Instagram pai de alunos também contestam este número. Ao Aratu On, representantes da classe afirmam que apenas voltam para sala de aula se a Prefeitura se dispor a negociar. 

 A mobilização está causando rebuliço na política, tendo tido momentos de tensão como a invasão da Câmara de Vereadores, além de repercussão nacional, como o 2 de julho, em que Lula segurou uma placa apoiando a causa.

Apesar da pressão política que as vaias no desfile cívico geraram na gestão do Prefeito Bruno Reis (UB),  o entendimento entre os professores ouvidos pelo Aratu On é que o movimento de retaliação no 2 de julho teve repercussão política, mas não no campo prático. Não há perspectiva de novas rodadas de negociação. 

Foto: Matheus Caldas/Aratu On

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