Após ato do 2 de Julho, professores não veem perspectiva de negociação

Apesar da pressão política na Prefeitura durante 2 de Julho, não há previsão de nova rodada de negociação para encerrar greve dos professores

Por João Tramm.

Iniciada em 4 de maio, a greve dos professores completa dois meses nesta sexta-feira (4). A mobilização está causando rebuliço na política, tendo tido momentos de tensão como a invasão da Câmara de Vereadores, além de repercussão nacional, como o 2 de julho, em que Lula segurou uma placa apoiando a causa.

Apesar da pressão política que as vaias no desfile cívico geraram na gestão do Prefeito Bruno Reis (UB),  o entendimento entre os professores ouvidos pelo Aratu On é que o movimento de retaliação no 2 de julho teve repercussão política, mas não no campo prático. Não há perspectiva de novas rodadas de negociação. 

Na última semana, a Prefeitura enviou uma nova proposta para a categoria, mas a classe rejeitou o pedido. No radar da próxima semana existe um seminário, na segunda (7), explicando mais sobre a última proposta da gestão municipal. Enquanto que no dia seguinte, na terça (8), haverá uma nova assembleia para debater eventual proposta.

Greve dos professores: Repercussão do 2 de julho foi apenas política; Matheus Caldas/Aratu On

Dois meses de greve dos professores 

A greve iniciada em 4 de maio trouxe como principal pauta o piso salarial. O prefeito Bruno Reis argumenta que cumpre com o valor estabelecido, mas neste cálculo ele inclui benefícios e vencimentos. O que é tido como ilegalidade por parte dos professores. O assunto ainda conta com divergências jurisprudenciais.

Este era o principal pedido até que, no dia 23 de maio, os servidores municipais, incluindo professores, invadiram a Câmara de Salvador. Neste dia foi aprovado reajuste salarial, o que descontentou o grupo, que alega ter tido seu plano de carreira violado. Neste cenário, os pedidos da categoria passaram a ser: a recomposição do plano de carreira e o piso como vencimento básico, e não como a remuneração total.

Repercussão política no Dois de Julho: Bruno Reis nega crise

Enquanto isso, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) tenta afastar a ideia de crise. Para ele, a greve faz parte de uma narrativa política da oposição. O gestor ainda disse que a cidade vive seu melhor momento.

“Ficam usando a categoria dos professores para tentar atrapalhar a gestão, mas está tudo bem. Temos projetos grandiosos em execução. A cidade vive o seu melhor momento. Tentaram mostrar um alagamento em Stella Maris, torceram para ter greve dos rodoviários e não conseguiram. Ficam usando a categoria dos professores para tentar atrapalhar a gestão, mas está tudo bem”, disse.

Questionada, a Prefeitura não enviou resposta se planeja enviar nova proposta para a categoria após o 2 de Julho.

Matheus Caldas/Aratu On

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