Política

Linha de Frente: Eduardo Leite acena para apoio do PSDB a Jerônimo e faz críticas pontuais a Lula

Ele fez, ainda, acenos à possibilidade de o presidente da sigla no estado, Adolfo Viana, negocie com a ala petista

Por Matheus Caldas

Linha de Frente: Eduardo Leite acena para apoio do PSDB a Jerônimo e faz críticas pontuais a LulaTV Aratu

Governador do Rio Grande do Sul e presidente nacional do PSDB, Eduardo Leite negou que tenha vindo à Bahia neste fim de semana para negociar apoio do partido ao governo Jerônimo Rodrigues (PT), mas acenou positivamente para a articulação local que possa promover a composição – embora tenha feito críticas, com ressalvas, à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao programa Linha de Frente, do Grupo Aratu, Leite falou sobre a visita que recebeu do governador baiano. “Se a gente fala só entre os nossos, e com quem a gente concorda, é muito pouco produtivo. É ter a oportunidade de conversar, dialogar e trocar ideias com quem pensa diferente da gente que é capaz de fazer coisas novas e melhores”, declarou.
Ele fez, ainda, acenos à possibilidade de o presidente da sigla no estado, Adolfo Viana, negociar com a ala petista, da qual o PSDB é oposição no âmbito baiano.
“Não estamos falando de participação no governo e entrar na base. Aliás, essas discussões são reservadas ao diretório local. Confio plenamente no líder aqui, o deputado Adolfo Viana, para conduzir esse processo ao lado das demais lideranças”, aprovou.
Em relação à perspectiva nacional, ele fez críticas, com ressalvas, à atuação do presidente Lula. “Acho que o governo não engrenou. Eu respeito e dou tempo para que o governo encontre e apresente seu caminho, mas estamos chegando no final do primeiro semestre do primeiro ano de governo e os recados da agenda estrutural não foram dados”, pontuou.
O tucano, contudo, crê que o petista está sendo alvo da hiperpolarização política que marca o país desde a última década.
“Sei que tem sido desafiador. Se deteriorou muito a política no país ao longo da última década, especialmente, e isso não é exclusivamente sobre Bolsonaro. Lá da época da Dilma e até, na verdade, no segundo mandato do presidente Lula, começou a se criar uma relação com moedas de troca ruins com relação ao Congresso”, concluiu.
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