Lula consegue fazer sexo por até 3 horas seguidas

Estudo mostrou que lulas da espécie Euprymna tasmanica copulam de uma a três horas

Por Da Redação.

Um estudo conduzido por biólogos da Universidade de Melbourne, na Austrália, revelou que a lula pode manter uma relação sexual por até três horas, mas precisam, depois, de um descanso de pelo menos 30 minutos. A pesquisa foi publicada na revista científica Biology Letters em julho de 2012 e analisou o acasalamento em lulas da espécie Euprymna tasmanica.

A espécie analisada é nativa da costa sul da Austrália, mede cerca de sete centímetros na fase adulta e vive aproximadamente um ano. Para a análise, os pesquisadores utilizaram apenas um casal de lulas - um macho e uma fêmea - que foi mantido em um tanque de laboratório para observação.

Lula da espécie Euprymna tasmanica | Foto: reprodução/Wiki Commons

Fadiga muscular e perda de energia da lula

As sessões de cópula da Euprymna tasmanica duram de uma a três horas. Durante o acasalamento, o macho prende a fêmea, muda de cor e libera jatos de tinta. Ao final, ele se afasta com movimentos trêmulos e nada para longe.

De acordo com a zoóloga Amanda Michelle Franklin, que participou da pesquisa, “o homem usa todo esse tempo para transferir o esperma para a mulher. É por isso que é tão longo. No final, ele praticamente a joga para longe com movimentos violentos e trêmulos”.

Esse comportamento intenso resulta em grande gasto de energia e provoca uma espécie de fadiga muscular em ambos os indivíduos. As fêmeas, por sua vez, têm a respiração comprometida pelo aperto do macho, o que também contribui para a exaustão.

Lula se torna mais vulnerável após o acasalamento

Para comprovar os efeitos físicos do acasalamento, os pesquisadores realizaram testes de resistência em que mediam a capacidade de nado das lulas em correnteza - tanto após o ato quanto em dias sem cópula. O resultado foi uma queda de aproximadamente 50% na energia dos animais logo após a atividade sexual.

Segundo o estudo, os moluscos precisam de pelo menos 30 minutos para recuperar sua capacidade de locomoção. Durante esse tempo, tornam-se mais vulneráveis a predadores, já que não conseguem nadar com a mesma velocidade.

A alternativa, nesse período, é esconder-se na areia e recorrer ao seu eficiente sistema de camuflagem. Em condições normais, a Euprymna tasmanica é considerada uma espécie bastante rápida.

Risco reprodutivo da espécie

Os cientistas destacam que essa vulnerabilidade pós-acasalamento pode comprometer o sucesso reprodutivo da espécie. Animais exaustos podem ser devorados antes mesmo de conseguirem gerar descendentes.

“Eles são uma espécie pequena e não têm ossos, então são basicamente uma refeição do tamanho de uma mordida para qualquer animal maior do que eles. Apesar disso, parece que eles simplesmente acasalam sempre que têm a chance”, afirmou Amanda Franklin, em entrevista ao Australian Geographic.

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