MPBA cria cotas para contratar mulheres vítimas de violência doméstica
As cotas visam a reserva de 5% das vagas dos novos contratos para essas mulheres
Por Da Redação.
O Ministério Público do Estado da Bahia instituiu, nesta segunda-feira (7), uma política de cotas para mulheres vítimas de violência doméstica em contratos de prestação de serviços contínuos de mão de obra firmados pela Instituição.
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O ato, do procurador-geral de Justiça Pedro Maia, prevê a reserva de 5% das vagas dos novos contratos para mulheres em situação de vulnerabilidade econômica decorrente de violência doméstica e familiar. Ele foi publicado no Diário da Justiça Eletrônico.
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A iniciativa inclui no porcentual previsto as mulheres trans, travestis e outras identidades femininas, nos termos do disposto no art. 5º da Lei nº 11.340/2006.
A partir dela, as empresas prestadoras de serviço farão processo seletivo para contratação das trabalhadoras que devem ter a qualificação profissional necessária ao exercício das funções. A identidade das contratadas será mantida em sigilo pelas empresas, sendo vedado qualquer tipo de discriminação no exercício das funções.
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Ainda de acordo com o ato, as vagas serão destinadas prioritariamente a candidatas que possuam filhos ou dependentes em idade escolar ou com deficiência, excetuando-se as mulheres travestis, transexuais e intersexo.
As vagas também priorizarão as mulheres pretas e pardas, observada a proporção de pessoas pretas e pardas na unidade da federação onde ocorrer a prestação do serviço, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para elaboração do ato, foram observados dispositivos Constitucionais, a necessidade de implementação de políticas públicas voltadas à promoção de ações para o enfrentamento da violência contra a mulher e a Resolução do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), nº 264 de 2023.
Por meio dela, o CNMP estabelece a Política Institucional de Proteção Integral e de Promoção de Direitos e Apoio às Vítimas, dispondo que incumbe ao Ministério Público estimular políticas públicas que busquem evitar a revitimização.
*Com informações da Ascom/MPBA
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