Prefeito de Camaçari fala sobre greve dos professores da rede municipal
A paralisação, comandada pelo Sindicato da categoria, o Sispec, cobra atualização do piso nacional da categoria, melhores condições de trabalho e reajuste para os aposentados
Professores da rede municipal de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), entraram em greve por tempo indeterminado na última sexta-feira (11/8). A paralisação, comandada pelo Sindicato da categoria, o Sispec, cobra atualização do piso nacional da categoria, melhores condições de trabalho e reajuste para os aposentados.
A professora e presidente do Sispec, Sara Santiago, falou sobre a reivindicação dos docentes: "A carreira do magistério em Camaçari está sendo destruída e vai ficar a um ponto que todos os professores, independente da formação, independente do tempo de serviço, vão receber o mesmo salário que é o mínimo, por lei. Várias outras cidades da Região Metropolitana fizeram algum tipo de reajuste, seja parcelando, fazendo uma proposta, mas não fazem isso aqui. O que a gente percebe é que falta vontade política".
O prefeito do município, Elinaldo Araújo (União), afirma, em nota, que "reitera o compromisso da gestão municipal com a educação e esclarece que não há, por parte da Prefeitura de Camaçari, qualquer tipo de pendência no que diz respeito ao cumprimento do piso salarial dos professores, determinado pelo Ministério da Educação, já que as atualizações foram efetivadas, não havendo na rede professor, no início da carreira, recebendo menos que R$ 4.420,55, acrescido de 30% de gratificação".
Além disso, o gestor pede que o sindicato cumpra a liminar parcial expedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que obriga o Sispec a manter, durante a greve, o contingente de “60% dos servidores lotados em cada unidade de ensino, como forma de diminuir os danos causados à coletividade”.
A nota, por fim, condena a paralisação e aponta possíveis prejuízos para as crianças e suas famílias nesse período: "A greve, além de esvaziar o direito à educação, retira dos estudantes o direito à refeição diária e, ainda, compromete a organização familiar de mães e pais que têm na escola pública um local seguro e gratuito para deixar os filhos enquanto trabalham em busca do sustento familiar".
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