Trabalhador forçado a tatuar iniciais dos patrões pode receber R$ 1 milhão

Trabalhador pode ser indenizado em R$ 1 milhão

Por Da Redação.

Um trabalhador resgatado em condição análoga à escravidão, forçado a tatuar nas costelas as iniciais de dois de seus empregadores, em Planura, no interior de Minas Gerais, pode ser indenizado em R$ 1 milhão. 

As investigações apontam que três suspeitos, de 57, 40 e 24 anos, usavam redes sociais para aliciar pessoas em situação de vulnerabilidade, sobretudo da comunidade LGBTQIAPN+. No mesmo local, uma mulher trans uruguaia, de 29 anos, também foi encontrada vivendo em situação precária.

Trabalhador é forçado a tatuar iniciais dos patrões. Foto: Reprodução | MTE

O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu à Justiça do Trabalho que os empregadores paguem até R$ 1,3 milhão ao trabalhador, incluindo R$ 1 milhão por danos morais e R$ 300 mil em salários e verbas rescisórias de 2016 a 2025. Também foi solicitada indenização de R$ 2 milhões por danos morais coletivos. Não há, até o momento, pedidos de indenização referentes à mulher resgatada.  

Segundo o MPT, o homem, de 32 anos homossexual, foi submetido a violência física, psicológica e sexual durante os nove anos em que esteve sob domínio dos empregadores. A mulher permaneceu seis meses em regime semelhante. As tatuagens foram feitas como um “símbolo de posse”.

Suspeitos

Os suspeitos foram presos em flagrante pela Polícia Federal durante uma operação realizada entre os dias 8 e 15 de abril, coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Auditoria Fiscal do Trabalho.

O caso chegou às autoridades por meio de uma denúncia feita ao Disque 100, que relatava possíveis crimes como trabalho forçado, cárcere privado, exploração sexual e violência física e psicológica.

Após o resgate, as vítimas foram acolhidas pela Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pela Unipac, onde recebem apoio médico, psicológico e jurídico.

Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Universidade Federal de Uberlândia. Foto: Milton Santos/UFU

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