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Salvador é a capital mais perigosa para LGBTQIAPN+ no Brasil; Bahia é 2º estado

14 mortes de pessoas da comunidade LGBT+ foram mortas em Salvador em 2024

Fonte: Da Redação

Salvador é a capital mais perigosa para LGBTQIAPN+ no Brasil; Bahia é 2º estadoDados são do Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB) | Monstera Production/Pexels

Salvador lidera o ranking das capitais mais perigosas para pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil, com 14 mortes registradas em 2024, segundo dados do Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB). O levantamento aponta ainda que a Bahia é o segundo estado mais violento para a comunidade, com 31 assassinatos no ano passado – o equivalente a 10,65% do total nacional.


O Brasil registrou 291 mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ em 2024, um aumento de 13,2% em relação aos 257 casos de 2023. É o que revela o relatório do GGB, a ONG mais antiga da América Latina dedicada à causa, que há 45 anos reúne informações baseadas em notícias da imprensa e relatos enviados à entidade.


Nordeste e Sudeste dividem liderança


As regiões Nordeste e Sudeste concentraram os maiores números de casos, com 99 mortes cada. Entre os estados, São Paulo lidera com 53 assassinatos, seguido pela Bahia (31) e Mato Grosso (24).


Em relação aos meios utilizados nos crimes, arma branca (65), arma de fogo (63) e espancamento (32) foram os mais frequentes.


Capitais mais perigosas


Além de Salvador, que lidera o ranking, São Paulo aparece em segundo lugar, com 13 mortes, e Belo Horizonte, em terceiro, com 7 casos.


Perfil das vítimas




Foto: Anna Shvets/Pexels


Entre os 291 mortos em 2024, 165 eram gays, 96 travestis e mulheres transgêneros, 11 lésbicas, 7 bissexuais e 6 homens trans. Outras seis pessoas heterossexuais foram assassinadas por serem confundidas com membros da comunidade ou por tentarem defender vítimas de ataques.


Aratu On Explica: Por que a LGBTfobia é maior na Bahia e no Nordeste?


A maioria das vítimas era branca (115), seguida por aquelas sem cor identificada (97) e por pessoas pretas e pardas (79). A faixa etária mais atingida foi de 26 a 35 anos (66 mortes), seguida por pessoas de 36 a 45 anos (52) e de 19 a 25 anos (43).


Bahia em destaque negativo


A Bahia, que concentra 10,65% das mortes no país, registrou casos emblemáticos de violência. Um deles foi o assassinato de Neuritânia Pacheco, uma mulher trans de 48 anos. Ela desapareceu após sair de casa, em Sobradinho, para um encontro amoroso, e seu corpo foi encontrado com sinais de apedrejamento. Um adolescente de 17 anos foi apreendido como suspeito, mas a Polícia Civil não divulgou detalhes sobre a motivação, que seria vingança.


Apesar de liderar em números absolutos, Salvador ocupa a quarta posição no ranking proporcional ao número de habitantes, ficando atrás de Cuiabá, Palmas e Teresina.


Panorama nacional


O relatório do GGB reforça a necessidade de ações concretas para combater a violência contra a população LGBTQIAPN+. Entre os estados mais violentos, além de São Paulo e Bahia, destacam-se Mato Grosso (24 casos), Minas Gerais (22) e Pará (16)


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