Rui Costa autoriza desapropriação de área equivalente a 10 campos de futebol para obras do VLT de Salvador
A ordem de serviço para a intervenção foi assinada pelo governador no dia 10 de dezembro de 2019. O valor total estimado para a obra é de R$ 2,5 bilhões
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), autorizou nesta sexta-feira (17/12) a desapropriação de mais uma área para dar prosseguimento às obras do VLT, em Salvador. A informação consta no Diário Oficial do Estado, que aponta que a intervenção servirá para construção de uma subestação do modal.
A área em questão fica situada no entorno da área de implantação do modal, no trecho da Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana), e tem 83.233,57m², o que equivale a cerca de 10 campos de futebol – sendo, desta forma, até o momento, a maior área em questão autorizada para ser desapropriada -.
“Fica a Companhia de Transportes do Estado da Bahia - CTB, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano, autorizada a promover os atos administrativos e judiciais, se necessário em caráter de urgência, com vistas à efetivação da desapropriação de que trata este Decreto, e a imitir-se na posse respectiva, providenciando, inclusive, a liquidação e o pagamento da indenização, utilizando-se, para tanto, dos recursos de que dispuser”, diz trecho do decreto.
Além de Rui, assinaram a publicação os secretários Carlos Mello (Casa Civil) e Eures Ribeiro (Desenvolvimento Urbano).
Este o segundo decreto de desapropriação autorizado por Rui somente nesta semana. Na última quarta-feira (15/12), já havia sido promovido um decreto que impactará a região da Boa Vista do Lobato.
O VLT terá duas linhas: a verde e a laranja. A segunda compreende a maior parte do modal, que liga Ilha de São João, localidade situada em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, até o Acesso Norte. A linha verde, por sua vez, é uma bifurcação que vai de São Joaquim até o Comércio, na Cidade Baixa.
A ordem de serviço para a intervenção foi assinada pelo governador no dia 10 de dezembro de 2019. O valor total estimado para a obra é de R$ 2,5 bilhões – R$ 500 milhões a mais que a previsão inicial.
A primeira fase do projeto consiste na construção de 21 estações em 19,2 km de extensão, com início na Ilha de São João, passando pelo Subúrbio Ferroviário, Calçada e seguindo até o Comércio. A segunda fase vai expandir o projeto e levar o VLT até a estação Acesso Norte do Metrô de Salvador, com mais cinco estações em 4,08 km.
No momento, a Concessionária Skyrail Bahia, responsável pelo equipamento, promove a demolição de estruturas do antigo trem do Subúrbio. No mês passado, o Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan) autorizou a licença ambiental para a obra.
A empresa comprometeu a preservar aspectos históricos encontrados durante o percurso do antigo modal. “Por meio do PGPA [Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico] e com o apoio da equipe de especialistas, a Skyrail Bahia se compromete a realizar monitoramentos arqueológicos e possíveis salvamentos, resgates e a classificação de bens materiais e imateriais eventualmente encontrados durante a obra, evitando que danos possam ocorrer a patrimônios tombados”, diz o empreendimento, em nota publicada em 3 de dezembro em seu site oficial.
“Das dez estações do antigo trem, duas serão mantidas por seu valor histórico: Calçada, inaugurada em 1860, e a antiga estação de Periperi (casa amarela). No segundo caso, o projeto de demolição abrange apenas passarela, plataformas e acesso”, acrescenta.
Até o momento foram demolidas as antigas estações de Santa Luzia, Lobato, Coutos, estruturas do entorno da estação Periperi, Praia Grande, Almeida Brandão e Itacaranha, além dos edifícios do antigo Pátio de Manutenção (Calçada). Nos próximos dias os trabalhos seguem nas estações Paripe e Escada.
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