Rui Costa autoriza desapropriação de áreas em Boa Vista do Lobato para obras do VLT
Até o momento foram demolidas as antigas estações de Santa Luzia, Lobato, Coutos, estruturas do entorno da estação Periperi, Praia Grande, Almeida Brandão e Itacaranha, além de edifícios na Calçada
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), autorizou a desapropriação de mais uma área para a construção do VLT em Salvador. A informação foi divulgada na edição desta quarta-feira (15/12) do Diário Oficial do Estado.
Segundo a publicação, a localidade em questão é situada em Boa Vista do Lobato, na Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana). A desapropriação servirá para construção da subestação do modal no bairro.
O decreto autoriza a Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) “a promover os atos administrativos e judiciais, se necessário em caráter de urgência” para realizar o processo de desapropriação. A gestão estadual, contudo, pondera que, neste caso, haverá liquidação e o pagamento das indenizações.
Além de Rui, assinaram a publicação os secretários Carlos Mello (Casa Civil) e Eures Ribeiro (Desenvolvimento Urbano).
O VLT terá duas linhas: a verde e a laranja. A segunda compreende a maior parte do modal, que liga Ilha de São João, localidade situada em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, até o Acesso Norte. A linha verde, por sua vez, é uma bifurcação que vai de São Joaquim até o Comércio, na Cidade Baixa.
A ordem de serviço para a intervenção foi assinada pelo governador no dia 10 de dezembro de 2019. O valor total estimado para a obra é de R$ 2,5 bilhões – R$ 500 milhões a mais que a previsão inicial.
A primeira fase do projeto consiste na construção de 21 estações em 19,2 km de extensão, com início na Ilha de São João, passando pelo Subúrbio Ferroviário, Calçada e seguindo até o Comércio. A segunda fase vai expandir o projeto e levar o VLT até a estação Acesso Norte do Metrô de Salvador, com mais cinco estações em 4,08 km.
No momento, a Concessionária Skyrail Bahia, responsável pelo equipamento, promove a demolição de estruturas do antigo trem do Subúrbio. No mês passado, o Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan) autorizou a licença ambiental para a obra.
A empresa comprometeu a preservar aspectos históricos encontrados durante o percurso do antigo modal. “Por meio do PGPA [Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico] e com o apoio da equipe de especialistas, a Skyrail Bahia se compromete a realizar monitoramentos arqueológicos e possíveis salvamentos, resgates e a classificação de bens materiais e imateriais eventualmente encontrados durante a obra, evitando que danos possam ocorrer a patrimônios tombados”, diz o empreendimento, em nota publicada em 3 de dezembro em seu site oficial.
“Das dez estações do antigo trem, duas serão mantidas por seu valor histórico: Calçada, inaugurada em 1860, e a antiga estação de Periperi (casa amarela). No segundo caso, o projeto de demolição abrange apenas passarela, plataformas e acesso”, acrescenta.
Até o momento foram demolidas as antigas estações de Santa Luzia, Lobato, Coutos, estruturas do entorno da estação Periperi, Praia Grande, Almeida Brandão e Itacaranha, além dos edifícios do antigo Pátio de Manutenção (Calçada). Nos próximos dias os trabalhos seguem nas estações Paripe e Escada.
Acompanhe todas as notícias sobre o novo coronavírus.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuon.com.br/aovivo. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.