Mulher é morta a tiros por ex-namorado em Camaçari
Segundo apuração da TV Aratu, a mulher foi morta pelo ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento
Por Da Redação.
Uma mulher, que ainda não teve o nome divulgado, foi morta a tiros na Rua Francisco Dumond, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, na manhã desta segunda-feira (26). Segundo apuração da equipe de reportagem da TV Aratu, ela foi morta pelo ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento.
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Equipes da Hapvida e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestaram socorro, mas, a vítima não resistiu aos ferimentos. A área foi isolada e o Departamento de Polícia Técnica (DPT).
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
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— Aratu On (@aratuonline) May 26, 2025
Feminicídios na Bahia
Em oito anos, a Bahia registrou 790 feminicídios, um aumento de 50% entre 2017 e 2024. Isso significa que, em média, uma mulher foi vítima de violência de gênero a cada três dias no estado. Em 2024, foram registrados 111 casos, uma redução de 3,5% em relação ao ano anterior, quando houve 115 assassinatos.
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Os dados são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-BA), e foram obtidos a partir da sistematização de Boletins de Ocorrência (BO) registrados pela Polícia Civil (PC) entre 2017 e 2024.
Em termos comparativos, em 2024, 1,4 mulheres a cada 100 mil baianas foram vítimas de feminicídios, enquanto em 2017 a taxa foi de 1 mulher a cada 100 mil mulheres na Bahia. Em 2024, de cada cinco mulheres mortas de forma violenta, duas foram vítimas de feminicídios. Além disso, pelo menos um feminicídio foi registrado em 73 dos 417 municípios da Bahia no ano passado.
A pesquisa também revela que 72,1% dos feminicídios ocorreram dentro da residência das vítimas, enquanto 22,1% ocorreram nas ruas. Quanto à autoria dos crimes, 84,4% dos agressores eram parceiros íntimos das mulheres, como companheiros, ex-companheiros ou namorados.
O perfil das vítimas mostra que a maioria era composta por mulheres adultas, com idades entre 30 e 49 anos, negras (pretas e pardas) e não solteiras.
Quando questionada sobre a pesquisa pelo Aratu On, a SSP informou que, nos últimos dois anos, ampliou a rede de combate à violência contra a mulher com a criação do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV), e com a transformação da Operação Ronda Maria da Penha em Batalhão de Proteção à Mulher, ampliando o atendimento.
Além disso, a pasta destacou que, na Bahia, 15 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) e 13 Núcleos Especiais de Atendimento à Mulher (NEAMs) realizam ações voltadas para capturar agressores. A secretaria, porém, não se manifestou sobre os números apresentados pelo levantamento.
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