Coluna da Bia: quantas vezes você deixou de ser você por medo de ser rejeitado?
Coluna da Bia: quantas vezes você deixou de ser você por medo de ser rejeitado?
Olá, seja bem-vinda(o) de volta! Se você chegou até aqui, acredito que tenha se identificado com o texto da semana passada ou com o título da matéria de hoje. De qualquer forma, espero que as próximas linhas possam te trazer alguma reflexão.
Para iniciarmos o texto de hoje, quero te perguntar: quantas vezes você deixou de ser você e fazer algo que gostaria, por medo de ser rejeitado? Bom, imagino que sua resposta seja no mesmo sentido que da maioria das pessoas: “muitas vezes” ou “quase sempre”.
São muitos os sentimentos e reflexões que acompanham esse medo de rejeição. Vou listar aqui três pontos importantes que são trazidos pela Brené Brown, professora e pesquisadora na Universidade de Houston:
1 – Muitas vezes esse medo da rejeição vem acompanhado de vergonha. Pensamos: “existe algo que eu fiz que eu não mereça conexão com as pessoas? Ou seja, será que eu não sou boa suficiente? Será que não mereço pertencer?”;
2 – Acreditamos que precisamos ser perfeitos e essa busca pela perfeição nos traz, por vezes, uma autocritica extrema. Com o tempo, vamos deixando de sermos gentis com nós mesmos. O mais interessante disso é perceber que não podemos ter compaixão por outras pessoas, se não formos gentis com nós mesmos;
3 – Por natureza, nós, como seres humanos, queremos estabelecer conexões e nos sentirmos pertencentes. Assim, muitas vezes “escondemos” quem realmente somos, para nos encaixarmos em um padrão social que traz algumas características com ele. Como naquele dia em que você deixou de sair com a roupa que realmente gostaria, pois seus amigos estavam de outra forma, ou na escolha do que você iria fazer no vestibular em que sua família tinha expectativa que fosse um curso e você, no fundo, gostaria de fazer outro, e por aÍ vai... Poderíamos citar aqui diversos exemplos do quanto isso está presente no nosso dia a dia. Lembrando que, quando começamos a perceber esses padrões sociais, nos adequamos a eles e, com isso, não permitimos que sejamos realmente vistos, com todas as nossas imperfeições. O mais incrível de tudo isso é que a conexão social que tanto buscamos apenas acontece de forma genuína se nos permitirmos sermos realmente vistos.
Com essas três reflexões, quero trazer um ponto extremamente importante que a pesquisadora Brené Brown diz: nós temos anestesiado a vulnerabilidade. Imagino que você pode estar se perguntando: “como assim?”.
Vamos lá: na busca incessante por aceitação, pelo sucesso e pela perfeição, por vezes temos esquecido de deixar ser. SER humano, como o próprio nome diz, é sermos essência, sermos quem realmente somos. Contudo, para isso acontecer, é preciso coragem. Isso mesmo! Coragem de ser imperfeito, pois quando começamos a mostrar nossa vulnerabilidade, a começamos a mostrar nossas emoções que podem ser positivas mas, também, podem ser negativas (tristeza, raiva, angústia, frustração...). Quando nos deparamos com as emoções negativas, é um desafio sentir e deixar ser.
Contudo, como traz Brené Brown: “nos deixarmos profundamente sermos vistos, de forma vulnerável, amar com todo nosso coração, mesmo que não haja garantia” é um grande desafio, mas é o caminho.
Assim, nos momentos em que você estiver sentindo medo e se pegar pensando: “posso amar tanto assim? Posso acreditar nisso com tanta paixão? Posso ser tão ardente?” Ao invés de imaginar as catástrofes que podem acontecer, que tal anotar em um papel aonde você possa ter perto de você a seguinte nota: “eu sou grata(o), pois me sentir tão vulnerável assim significa que estou viva(o).” Com isso, você pratica a autocompaixão e começa a ser mais gentil com você mesmo.
Bom, chegamos ao fim do texto de hoje. Como sempre digo: se essas linhas te trouxeram alguma reflexão, minha missão foi cumprida. E lembre-se: nada adianta conhecimento, se não o colocarmos em prática.
Um lindo final de semana pra vocês!
Com carinho,
Bianca Ramos.
SOBRE BIA
Bianca Ramos | divulgação
Bianca Ramos, ou apenas Bia Ramos, tem como propósito resgatar a essência do ser humano, para um mundo mais feliz. Realiza mentorias individuais e em grupo, workshops e palestras com foco em desenvolver a felicidade, tendo como base a Psicologia Positiva, a Neurociência, o método nacional de Felicidade Interna Bruta, do instituto Feliciência e a metodologia internacional CliftonStrengths do Instituto Gallup.
Agora, ela estará no Aratu On, todas as sextas-feiras, para falar e refletir sobre felicidade.
Saiba mais sobre o trabalho e o propósito dela no Instagram (@biancaramos.f).
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