Anvisa pode aprovar ainda neste mês vacina do Butantan contra dengue
Anúncio de aprovação da vacina contra a dengue foi feito nesta sexta-feira (7) durante uma coletiva de imprensa em que a agência destacou a necessidade de acelerar o processo
Por Dinaldo dos Santos.
A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan pode ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a partir do fim da próxima semana. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (7) durante uma coletiva de imprensa em que a agência destacou a necessidade de acelerar os processos de aprovação de medicamentos sintéticos e produtos biológicos.
Em julho deste ano, o Ministério da Saúde informou que os casos de dengue de no Brasil haviam ultrapassado a marca de 1,5 milhão. O país registrou 1.553.247 infecções prováveis da doença, causada pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.
No último mês de abril, Salvador entrou em uma lista do Ministério da Saúde como um dos 80 municípios classificados como prioritários para ações de controle da dengue. Contudo, em maio, Na Bahia, o cenário da dengue apresentou tendências de queda.

Aprovação da vacina contra a dengue
Segundo o diretor da Anvisa, Daniel Pereira, o registro da vacina do Butantan é considerado prioritário. Ele informou que, na semana passada, o comitê de especialistas se reuniu para esclarecer as últimas dúvidas sobre o imunizante. “A nossa expectativa é que, na primeira quinzena de novembro, ou poucos dias depois, já tenhamos uma conclusão da Anvisa para autorizar o registro”, afirmou.
Pereira destacou que a avaliação exigiu “muitas horas” de discussão técnica com o apoio de especialistas externos. Ainda de acordo com a Anvisa, até o momento, outros laboratórios não solicitaram o registro de vacinas contra a dengue.
Durante a coletiva, os diretores também anunciaram que a agência pretende utilizar ferramentas de inteligência artificial para reduzir em pelo menos 50% o tempo de análise de medicamentos. O presidente da Anvisa, Leandro Safatle, explicou que o número de pedidos de novos registros cresce cerca de 10% ao ano, o que faz com que algumas análises levem até três anos.
“Estamos implementando um conjunto de ações que, somadas, devem reduzir significativamente os prazos de análise na Anvisa”, disse Safatle. Ele acrescentou que o uso de inteligência artificial tem sido uma tendência entre agências reguladoras de todo o mundo, ajudando a otimizar processos e aumentar a produtividade.

Atualmente, segundo Daniel Pereira, a Anvisa tem em fila cerca de 1,1 mil medicamentos sintéticos e aproximadamente 100 produtos biológicos aguardando análise. Com as novas medidas, a meta é que, até dezembro de 2026, a agência consiga cumprir o prazo legal de um ano para avaliação de todos os pedidos.
“Já temos uma série de ferramentas de inteligência artificial em desenvolvimento dentro da Anvisa, com uma área específica dedicada a esse tema”, reforçou Safatle.
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