Vacina contra a dengue vai chegar a mais pessoas no segundo semestre de 2026
O número de doses disponíveis da vacina contra a dengue deve aumentar a partir do segundo semestre de 2026
Por Bruna Castelo Branco.
O número de doses disponíveis da vacina contra a dengue deve aumentar a partir do segundo semestre de 2026, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Esper Kállas, em entrevista ao Jornal Radar News, do SBT News. Segundo ele, a oferta ao Ministério da Saúde tende a crescer de forma gradual até 2027.
O médico esteve à frente dos testes clínicos do imunizante e destacou que a vacina reúne, em uma única aplicação, a proteção contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. De acordo com Kállas, essa característica elimina a necessidade de aplicação anual, como ocorre com outras vacinas. “Até agora, os dados mostram que a proteção se manteve por, pelo menos, 5 anos”, afirmou.

Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou a estratégia de imunização contra a dengue com a nova vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan. O imunizante é o primeiro do mundo de dose única e produzido integralmente no Brasil.
O primeiro lote, com mais de 1 milhão de doses, deve ser disponibilizado ao Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de janeiro. A campanha terá início com grupos prioritários, definidos com base em critérios técnicos e no perfil epidemiológico. Segundo o ministério, terão prioridade os trabalhadores da Atenção Primária em todo o país e adultos entre 50 e 59 anos, começando pelos mais velhos e avançando gradualmente para outras faixas etárias.
Ainda de acordo com Esper Kállas, novos estudos estão previstos para avaliar a aplicação da vacina em pessoas com mais de 60 anos — grupo mais suscetível a formas graves da doença — e em crianças menores.

Ações contra a dengue em Salvador
As festas populares de Salvador passaram a ser alvo de um conjunto reforçado de ações de enfrentamento ao Aedes aegypti desde a primeira semana de dezembro. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vinculado à Secretaria Municipal da Saúde, intensificou o monitoramento nos espaços que irão receber festas populares, celebrações natalinas e a programação do Réveillon.
O Plano Verão sem Mosquito visa reduzir riscos de dengue, zika e chikungunya durante o período de maior circulação de pessoas. Entre os dias 2 e 4 de dezembro, equipes do CCZ realizaram inspeções zoossanitárias nos circuitos das festas de Santa Bárbara e Conceição da Praia, no Centro Histórico.
A operação inclui vistoria de áreas públicas, identificação e eliminação de possíveis criadouros, além de orientações a comerciantes, moradores e organizadores.
A força-tarefa também alcança hotéis e pousadas, que recebem grande volume de visitantes, além dos locais das festividades natalinas. Outra medida prevista é a aplicação de inseticida de efeito residual na área do Show da Virada, na Boca do Rio, como estratégia preventiva de proteção coletiva.
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