Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, é preso pela Polícia Federal no RJ
Rodrigo Bacellar é preso suspeito de vazar informações sobre operação contra TH Joias
Por Da redação.
Fonte: SBT Rio, Murillo Otavio
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal (PF), durante a Operação Unha e Carne. Ele foi preso enquanto prestava depoimento à PF.

A ação tem o objetivo de combater a atuação de agentes públicos envolvidos no vazamento de informações sigilosas de investigações.
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O foco central da apuração é o vazamento de dados de um inquérito que resultou na prisão de Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias.
De acordo com a PF, essa divulgação indevida de informações resultou na obstrução da investigação realizada na Operação Zargun.
Além do mandado de prisão contra Bacellar, a PF cumpre outros oito mandados de busca e apreensão e um mandado de intimação para cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O Supremo determinou, também, que a PF conduza investigações sobre atuação dos principais grupos criminosos no Rio de Janeiro e suas conexões com agentes públicos.
O SBT News procurou a defesa de Rodrigo Bacellar, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.
A Alerj disse que ainda não foi comunicada sobre a operação e, quando tiver acesso a informações, "irá tomar as medidas cabíveis".
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Investigação contra TH Joias
O deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva (MDB-RJ), conhecido como TH Joias, está preso desde setembro sob acusações de envolvimento com o crime organizado.

O parlamentar é acusado de utilizar seu mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para intermediar a compra e venda de drogas, armas e equipamentos antidrones. Estes materiais seriam destinados a comunidades dominadas pela facção Comando Vermelho (CV), como o Complexo do Alemão.
TH Joias e outras quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pelos crimes de associação para o tráfico e comércio ilegal de armas de uso restrito. O MPRJ apresentou provas de movimentações financeiras suspeitas e de repasse de grandes somas em espécie que visavam financiar as atividades da facção.
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As apurações revelaram que, além de favorecer diretamente o Comando Vermelho, o deputado utilizava empresas e assessores para lavar dinheiro e acobertar as atividades criminosas. Ele também é suspeito de nomear aliados e familiares de criminosos para cargos na Alerj.
O empresário de 36 anos, antes de ingressar na política, ganhou notoriedade por fornecer joias de ouro e diamantes para diversas celebridades, incluindo nomes como MC Poze, Neymar, Vinicius Jr., Ludmilla e Deolane Bezerra.
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