Deputado Binho Galinha é acusado de chefiar esquema criminoso de R$ 100 milhões
O parlamentar foi alvo nesta quinta-feira (7/12), da Operação El Patron, deflagrada pela Polícia Federal
Por Matheus Caldas.
A Justiça recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra o deputado estadual Binho Galinha (Patriota), apontado como líder de grupo miliciano que atua na região de Feira de Santana. A organização é acusada por crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. Em uma década, o grupo teria movimentado R$ 100 milhões, sustenta o MP.
O parlamentar foi alvo nesta quinta-feira (7/12), da Operação El Patron, deflagrada pela Polícia Federal, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), Receita Federal e pela Força Correicional Integrada da Secretaria de Segurança Pública (Force/Coger/SSP).
Em nota enviada à imprensa, o MP-BA diz que seis pessoas foram presas preventivamente. São elas: João Guilherme, Jorge Piano, Jackson Júnior, Roque Carvalho, Mayana Silva e Josenilson Conceição – portanto, Binho Galinha não foi detido.
De acordo com a assessoria de comunicação do órgão ministerial, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão, incluindo a casa e fazendas do deputado. Ele e mais 14 pessoas foram denunciadas pelo MP, entre elas policiais militares. Foram apreendidos documentos, pasta de cocaína, armas e munições.
Confira, abaixo, a lista de denunciados:
1. Kléber Cristian Escolano de Almeida (Binho Galinha); 2. Thierre Figueiredo Silva; 3. Nilma Carvalho Pereira; 4. Ruan Pablo Pereira Carvalho; 5. Alexandre Pereira dos Santos; 6. Washington Martins Silva; 7. Mayana Cerqueira da Silva; 8. João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano; 9. Jorge Vinícius de Souza Santana Piano; 10. Jackson Macedo Araújo Júnior; 11. Vagney dos Santos Aquino; 12. Josenilson Souza da Conceição; 13. Roque de Jesus Carvalho; 14. Bruno Borges França; 15. Kleber Herculano de Jesus
A Justiça determinou bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 imóveis urbanos e rurais, sendo 10 fazendas, nove casas, quatro terrenos, dois apartamentos e uma sala comercial, 14 veículos, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.
O MP solicitou à Justiça que determine o pagamento de multa superior a R$ 30 milhões por danos morais coletivos. Durante as investigações, revelou-se que a organização criminosa realizou, em uma década, movimentações bancárias superiores a R$ 100 milhões de reais, total transferido diretamente ao logo do tempo pelos investigados e por empresas constituídas com o intuito de garantir aparência de licitude aos recursos movimentados.
A Assembleia Legislativa (AL-BA) e o deputado ainda não se manifestaram oficialmente sobre o assunto.
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