Falso cônsul investigado na Operação Faroeste tem prisão decretada por fraudes em transações imobiliárias
A decisão atende a um pedido do Ministério Público estadual (MP-BA). A Operação Immobilis foi deflagrada em 2016, e no total, seis pessoas investigadas na ação foram denunciadas pelo MP.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou, nesta última segunda-feira (17/5), a prisão do casal Adailton Maturino dos Santos e Gleiciane Souza Marturino dos Santos, por envolvimento em fraudes investigadas pela Operação Immobilis. Adailton e Gleiciane já haviam sido presos, no âmbito da Operação Faroeste, que apura venda de sentenças judiciais na Bahia. Os dois estão custodiados em Brasília.
A decisão sobre a prisão preventiva da dupla atende a um pedido do Ministério Público estadual (MP-BA). A Operação Immobilis foi deflagrada em 2016, e no total, seis pessoas investigadas na ação foram denunciadas pelo MP, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).
De acordo com o Ministério, os denunciados são suspeitos da prática dos delitos de estelionato e organização criminosa, sendo supostamente responsáveis pela captação de magistrados que, através de atos de corrupção, estariam participando de ações criminosas que tiveram como vítimas instituições financeiras e terceiros de boa-fé.
A denúncia apontou a influência que Adailton e Gleiciane teriam no Judiciário, se aproveitando do falso título como cônsul e do falso prestígio com a nação de Guiné-Bissau, para estabelecerem contatos com membros da instituição, o que facilitaria suas atuações nas fraudes. Também segundo o MP, as fraudes se estenderam por, no mínimo, sete anos.
Além da prisão, a Justiça determinou ainda a indisponibilidade dos bens do casal, bem como de Cícero Rodrigues Ferreira Silva e Emanuela Moraes Lopes, outros denunciados na ação, até o valor apurado. Também foi decretado o bloqueio das contas vinculadas a eles.
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