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Confira 5 golpes bancários que mais ocorrem no Brasil e saiba como evitar

Apesar da grande quantidade de golpes virtuais, Salvador conta com uma delegacia especializada para estes crimes

Por Mateus Xavier

Confira 5 golpes bancários que mais ocorrem no Brasil e saiba como evitarMarcello Casal Jr/Agência Brasil

Ao ser vítima de um golpe virtual, uma pessoa comum pode perder, em média, R$ 3 mil, segundo uma pesquisa publicada em 2023 pela revista Silverguard, especializada em cibersegurança. Com o aumento das redes sociais, os criminosos têm se aproveitado das informações presentes nelas para aplicar novas modalidades de golpes.


Em posse de detalhes da rotina dos usuários, os criminosos podem, por exemplo, descobrir que a vítima está viajando para fora do Brasil e enviar uma mensagem falsa para um parente, se passando pela viajante e pedindo um valor referente a "custos inesperados" durante a viagem.


Este golpe é geralmente feito através do Pix, como detalhou a página oficial do Serasa, em matéria publicada em junho de 2023.


CINCO GOLPES MAIS COMUNS





1) Páginas e arquivos falsos para roubar dados



Uma fraude com o Pix que já surpreendeu muita gente é a criação de páginas falsas para enganar os usuários. A estratégia é redirecionar os alvos do golpe para sites falsos e, neles, roubar seus dados bancários.
Para começar a usar o Pix, os usuários devem cadastrar uma chave – que pode ser um telefone, e-mail, CPF ou uma chave aleatória. O golpe ocorre justamente nesse momento: são enviadas mensagens ou e-mail com um link para cadastro da chave Pix levando a uma página falsa criada pelos golpistas.
Nessas páginas falsas, são solicitados dados como nome, CPF, conta bancária e outras informações que permitem que os golpistas possam usar o dinheiro da conta de forma indevida. Por isso, é sempre importante se certificar de que você está realmente na página real do seu banco antes de inserir qualquer dado.







2) "Falha" no Pix



O golpe da “falha no Pix” é aplicado com base na engenharia social – com uma promessa de recompensa para o usuário. Por meio de mensagens, os golpistas informam que existe uma falha no Pix que pode beneficiar a vítima. Mas, para aproveitar essa “oportunidade”, o usuário deve fazer uma transferência via Pix para uma chave específica.
Geralmente, a promessa é que o valor transferido será devolvido em dobro (mas podem ser aplicados outros golpes semelhantes). Seja qual for a situação, esse é apenas um artifício usado para levar os usuários e realizarem transferência do seu dinheiro.
Por ser um método muito prático, os usuários podem realizar uma transferência de forma impulsiva em poucos segundos. E, depois de refletir melhor sobre a fraude do Pix, já é tarde demais para reaver o dinheiro.







3) Whatsapp clonado



O golpe do Whatsapp clonado já era explorado muito antes do surgimento do Pix, mas essa nova forma de pagamento torna o golpe ainda mais eficiente. Os golpistas buscam por formas de clonar o Whatsapp da vítima e, quando têm acesso à lista de contato, começam a pedir dinheiro por meio de Pix.







4) Perfil falso no Whatsapp



Em vez de clonar o Whatsapp, outros golpistas recorrem à criação de um perfil falso da vítima. Eles se passam pela pessoa ao criar uma conta no Whatsapp com seu nome e foto. Com isso, passam a pedir dinheiro para amigos e familiares, alegando que se trata de um novo número.
Mais uma vez, a melhor recomendação é sempre confirmar que realmente se trata da pessoa em questão antes de realizar qualquer tipo de movimentação financeira. Você pode sanar essa dúvida rapidamente fazendo uma ligação, por exemplo.







5) Falsas centrais de atendimento



Por fim, outra fraude envolvendo o Pix é a criação de falsas centrais de atendimento. Os golpistas criam contas no Whatsapp se passando por bancos ou outras instituições, solicitando informações sigilosas ou enviando links maliciosos.


Para evitar que isso aconteça com você, sempre entre em contato com o seu banco por meio do site, aplicativo ou presencialmente, na sua agência. Além disso, desconfie sempre receber links que solicitam a informação de dados bancários.





COMO EVITAR GOLPES E FRAUDES









  • Sempre confira o remetente dos e-mails recebidos e não acesse páginas suspeitas;

  • Nunca clique em links recebidos por e-mail, WhatsApp, redes sociais ou SMS para cadastro da chave do Pix. Em vez disso, visite o site ou aplicativo do seu banco ou entre em contato com a Central de Atendimento para confirmar se a comunicação é verdadeira;

  • Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;

  • Nunca compartilhe o código de verificação recebido quando você realiza o cadastro da chave Pix;

  • Não faça qualquer tipo de cadastro no Pix a partir de ligações telefônicas ou contatos pelo Whatsapp. Essa prática não existe;

  • Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;

  • Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;

  • Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de qualquer fraude do Pix.



SALVADOR TEM DELEGACIA ESPECIALIZADA 


Caso não consiga evitar e acabe vítima de um destes golpes, Salvador conta como uma unidade especializada em crimes contra o patrimônio praticados por meio virtual. A especializada é responsável por investigar delitos de origem econômica, financeira e patrimonial relacionada a estelionato e outras fraudes do tipo, sempre que o valor do bem for igual ou superior a 80 salários mínimos, exceto quando praticado em associação criminosa.


A Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber) foi instituída por intermédio de uma portaria publicada no Diário Oficial do Estado e é subordinada ao Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP).


https://youtu.be/eDvIIm2QJL0

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