Espiritismo: como a doutrina de Divaldo Franco vê a morte
O médium e líder espírita Divaldo Franco, de 98 anos, faleceu na noite de terça-feira (13), em Salvador
Por Bruna Castelo Branco.
O médium e líder espírita Divaldo Franco, de 98 anos, nascido em Feira de Santana, faleceu na noite de terça-feira (13), em Salvador. Para os seguidores da doutrina, o momento não representa um fim, mas uma transição. No espiritismo, a morte é encarada como parte de um processo contínuo de evolução da alma, e não uma ruptura definitiva da existência.
Ao longo da vida, Divaldo Franco, fundador do projeto social Mansão do Caminho, relatou experiências mediúnicas desde a infância. Após a morte do irmão mais velho, vivenciou um quadro de paralisia, perdendo os movimentos das pernas. Na época, foi auxiliado pela médium Ana Ribeiro Borges, que interpretou a situação como resultado da ligação espiritual com o irmão desencarnado. Curado, o então jovem Divaldo passou a se dedicar ao estudo e à prática do espiritismo.
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A morte para o espiritismo
Para os espíritas, a morte é compreendida como desencarnação, ou seja, o momento em que o espírito — considerado a essência imortal do ser humano — se desliga do corpo físico e retorna ao plano espiritual. Trata-se de uma passagem natural, e não de uma interrupção. A doutrina entende que o espírito, após deixar o corpo, segue aprendendo, trabalhando ou descansando, conforme seu grau de evolução.
A religião tem como fundamentos principais:
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A imortalidade da alma;
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A comunicabilidade com os espíritos (mediunidade);
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A reencarnação.
Segundo o espiritismo, "a vida não termina com a morte, mas se transforma". Essa visão oferece consolo a muitos fiéis diante do luto, por permitir enxergar a morte como uma etapa de aprendizado e continuidade existencial.
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A reencarnação como caminho de evolução
Dentro da doutrina, a reencarnação é vista como uma oportunidade para o espírito evoluir. A cada nova passagem pela Terra, a alma aprende com os erros e acertos, moldando o próprio destino.
"Deus cria as almas simples e ignorantes", ensina o espiritismo. Isso significa que todos os espíritos têm o mesmo ponto de partida, sem conhecimento do bem e do mal, mas com potencial igual para evoluir. Cada encarnação é, assim, parte de um processo contínuo de crescimento moral e intelectual.
Após o fim de uma vida terrena, o espírito, com auxílio de mentores espirituais, avalia sua trajetória e define se seguirá atuando no plano espiritual ou se retornará à Terra para novas experiências de aprendizado.
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