Concessionária Ponte Salvador-Itaparica nega possíveis impactos ambientais
O MPF instaurou um inquéritopara apurar possíveis impactos ambientais provocados pelas obras da Ponte Salvador-Itaparica
Por Bruna Castelo Branco.
A Concessionária Ponte Salvador – Ilha de Itaparica (CPSI) informou, em nota enviada ao Aratu On, que foi notificada, na tarde de sexta-feira (25), pelo Ministério Público Federal (MPF), sobre a instauração de um Inquérito Civil para apurar possíveis impactos ambientais no bioma da região relacionados à construção da Ponte Salvador-Itaparica.
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Sobre o inquérito, a CPSI informou que já solicitou ao MPF cópia dos autos, mas ainda não recebeu retorno. A empresa declarou que permanece à disposição das autoridades e da sociedade "para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários", e que está convicta de estar desenvolvendo um trabalho "que vai muito além das exigências legais".
No comunicado, a CPSI destacou que o novo sistema rodoviário representa "muito mais do que uma alteração na forma de deslocamento na Bahia", e afirmou que o projeto terá impacto direto na economia de mais de 250 municípios, beneficiando mais de 70% da população baiana.
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Segundo a concessionária, a obra deve "aperfeiçoar a logística, facilitar o transporte de cargas e pessoas, reduzir custos e o tempo de deslocamento, aumentar a competitividade do Estado, criar novos corredores logísticos e melhorar índices de produtividade por meio da oferta de infraestrutura integrada, moderna, segura e eficiente".
Inquérito do MPF
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis impactos ambientais provocados pelas obras da Ponte Salvador-Itaparica. A investigação, iniciada na sexta-feira (25), busca avaliar riscos à fauna, flora e à saúde e bem-estar da população que vive no entorno do empreendimento.
O documento, assinado pela procuradora Vanessa Gomes Previtera, aponta a necessidade de acompanhamento e medidas para mitigar eventuais danos causados pela construção. Entre os pontos citados estão possíveis prejuízos à paisagem, à qualidade ambiental e às atividades sociais e econômicas nas áreas afetadas pela obra.
A medida ocorre pouco tempo após a conclusão da etapa de sondagem em águas profundas na Baía de Todos-os-Santos, que antecede o início efetivo da construção e serve para confirmar a geologia do local e definir a profundidade dos pilares da ponte.
Segundo o MPF, as obras da ponte podem gerar alterações nas condições estéticas e sanitárias da região, além da possibilidade de emissão de resíduos ou energia fora dos padrões ambientais estabelecidos.
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