Com possibilidade de anulação do contrato, Ponte Salvador-Itaparica já custou mais de R$ 316 milhões ao governo baiano
Apenas com os atuais contratos já assinados, o Estado ainda terá que pagar mais R$ 50,6 milhões às empresas
Divulgação
Mesmo ainda no papel, a ponte Salvador-Itaparica já impõe custos milionários ao Estado. Em uma situação parecida com a do VLT do Subúrbio, que já fez o governo baiano desembolsar R$ 56,9 milhões, a obra apresenta gasto público de R$ 316,88 milhões apenas com estudos, projetos e o aporte ao Fundo Garantidor da Ponte (FGAP), conforme apurado pelo Aratu On. O valor, no entanto, vai aumentar. Apenas com os atuais contratos já assinados, o Estado ainda terá que pagar mais R$ 50,6 milhões às empresas.
Apesar de já terem custos milionários sem um tijolo em pé, as duas Parcerias Público-Privadas (PPPs) podem ter os contratos cancelados pelo governo. Isso quem disse foi o próprio governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo ele, a prioridade é resolver a situação do VLT, depois a da ponte. "Tem alguns projetos que a minha chegada significa fazer uma avaliação, e não quer dizer que vamos ter que continuar com o imbróglio. Por exemplo, a BYD vai anunciar a indústria, mas temos VLT com eles. Caso a gente perceba que tem ainda dificuldade de realização, vamos dialogar, com possibilidade de distratar e abrir licitação. A mesma coisa é a ponte. O Lula falou pessoalmente com o presidente Xi Jinping. Ele falou pessoalmente com o consórcio que ganhou a licitação. Caso a gente entenda, em pouco tempo, que as coisas não estão andado, a gente toma providências", disse, durante os festejos do Dois de Julho, em Salvador.
Só de projetos e consultorias, o Estado fechou contratos que somam, hoje, R$ 117,38 milhões, sendo que R$ 66,7 milhões já foram pagos. Além disso, o governo estadual precisou depositar R$ 250 milhões no Fundo Garantidor para Construção da Ponte Salvador-Itaparica (Sistema Viário Oeste), como parte do compromisso firmado no contrato com o consórcio vencedor da licitação realizada em 2020, formado pelas empresas China Communications Construction Company (CCCC Ltd), CCCC South America Regional Company (CCCCSA) e China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20). O aporte inicial do governo era de R$ 1,5 bilhão, para um investimento total de R$ 5,4 bilhões.
A maior fatia da consultoria ficou a cargo da McKinsey & Company inc do Brasil Consultoria, que embolsou R$ 41,3 milhões. A Maia Melo Engenharia, responsável também por elaborar projeto básico de engenharia, assinou contrato de R$ 21,88 milhões. A Systra Engenharia obteve contrato de R$ 18,68 milhões. Já o Consórcio Supervisor Ambiental cobrou R$ 17,26 milhões. A Enescil Engenharia, que fez também o projeto básico de engenharia, cobrou R$ 11,1 milhões. A Cowi também cobrou R$ 7 milhões.
O QUE A CONCESSIONÁRIA DIZ:
Em nota enviada ao Aratu On, a concessionária responsável pela construção da ponte disse que “a parceria segue fortalecida em direção à concretização desse importante investimento no setor de Infraestrutura da Bahia”.
A empresa também informou “que se mantém mobilizada e comprometida com a execução plena do contrato firmado com o Governo da Bahia”.
Confira a nota completa sobre a Ponte Salvador-Itaparica:
"O Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Ilha de Itaparica criará um novo vetor de desenvolvimento na Bahia, beneficiando 10 milhões de habitantes em cerca de 250 municípios. Será a maior ponte da América Latina, com 12.4 km, e no pico da obra, serão gerados cerca de sete mil empregos. Serão implantados mais de 50 programas, englobando temas ambientais, socioculturais, uso e ocupação do solo, habitação, infraestrutura urbana e educação.
A construção desse empreendimento é um processo de alta complexidade e, para iniciar as obras fisicamente, diversos tipos de estudos e serviços precisam ser realizados. A maioria deles já foi concluído como, por exemplo, a batimetria, a geofísica e os estudos ambientais, sociais e culturais. A próxima etapa será a realização da dragagem do Porto de Salvador e a sondagem na Baía de Todos-os-Santos, ambos os procedimentos previstos para esse ano de 2023. Juntos, os dois serviços somam investimentos de mais de R$ 300 milhões.
A Ponte é fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo da Bahia e um consórcio chinês formado dois grandes grupos que estão entre os maiores do mundo no segmento de construção e infraestrutura. São eles: China Railway 20th Bureau Group Corporation (CR20) e China Communications Construction Company (CCCC). Essa parceria segue fortalecida em direção à concretização desse importante investimento no setor de Infraestrutura da Bahia. Desde a assinatura do contrato, em novembro de 2020, até o momento, a Concessionária já investiu mais de R$ 100 milhões e segue em andamento com seu plano de investimentos nas próximas etapas da obra. Por fim, a Concessionária reforça que se mantém mobilizada e comprometida com a execução plena do contrato firmado com o Governo da Bahia."
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
Apesar de já terem custos milionários sem um tijolo em pé, as duas Parcerias Público-Privadas (PPPs) podem ter os contratos cancelados pelo governo. Isso quem disse foi o próprio governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo ele, a prioridade é resolver a situação do VLT, depois a da ponte. "Tem alguns projetos que a minha chegada significa fazer uma avaliação, e não quer dizer que vamos ter que continuar com o imbróglio. Por exemplo, a BYD vai anunciar a indústria, mas temos VLT com eles. Caso a gente perceba que tem ainda dificuldade de realização, vamos dialogar, com possibilidade de distratar e abrir licitação. A mesma coisa é a ponte. O Lula falou pessoalmente com o presidente Xi Jinping. Ele falou pessoalmente com o consórcio que ganhou a licitação. Caso a gente entenda, em pouco tempo, que as coisas não estão andado, a gente toma providências", disse, durante os festejos do Dois de Julho, em Salvador.
Só de projetos e consultorias, o Estado fechou contratos que somam, hoje, R$ 117,38 milhões, sendo que R$ 66,7 milhões já foram pagos. Além disso, o governo estadual precisou depositar R$ 250 milhões no Fundo Garantidor para Construção da Ponte Salvador-Itaparica (Sistema Viário Oeste), como parte do compromisso firmado no contrato com o consórcio vencedor da licitação realizada em 2020, formado pelas empresas China Communications Construction Company (CCCC Ltd), CCCC South America Regional Company (CCCCSA) e China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20). O aporte inicial do governo era de R$ 1,5 bilhão, para um investimento total de R$ 5,4 bilhões.
A maior fatia da consultoria ficou a cargo da McKinsey & Company inc do Brasil Consultoria, que embolsou R$ 41,3 milhões. A Maia Melo Engenharia, responsável também por elaborar projeto básico de engenharia, assinou contrato de R$ 21,88 milhões. A Systra Engenharia obteve contrato de R$ 18,68 milhões. Já o Consórcio Supervisor Ambiental cobrou R$ 17,26 milhões. A Enescil Engenharia, que fez também o projeto básico de engenharia, cobrou R$ 11,1 milhões. A Cowi também cobrou R$ 7 milhões.
O QUE A CONCESSIONÁRIA DIZ:
Em nota enviada ao Aratu On, a concessionária responsável pela construção da ponte disse que “a parceria segue fortalecida em direção à concretização desse importante investimento no setor de Infraestrutura da Bahia”.
A empresa também informou “que se mantém mobilizada e comprometida com a execução plena do contrato firmado com o Governo da Bahia”.
Confira a nota completa sobre a Ponte Salvador-Itaparica:
"O Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Ilha de Itaparica criará um novo vetor de desenvolvimento na Bahia, beneficiando 10 milhões de habitantes em cerca de 250 municípios. Será a maior ponte da América Latina, com 12.4 km, e no pico da obra, serão gerados cerca de sete mil empregos. Serão implantados mais de 50 programas, englobando temas ambientais, socioculturais, uso e ocupação do solo, habitação, infraestrutura urbana e educação.
A construção desse empreendimento é um processo de alta complexidade e, para iniciar as obras fisicamente, diversos tipos de estudos e serviços precisam ser realizados. A maioria deles já foi concluído como, por exemplo, a batimetria, a geofísica e os estudos ambientais, sociais e culturais. A próxima etapa será a realização da dragagem do Porto de Salvador e a sondagem na Baía de Todos-os-Santos, ambos os procedimentos previstos para esse ano de 2023. Juntos, os dois serviços somam investimentos de mais de R$ 300 milhões.
A Ponte é fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo da Bahia e um consórcio chinês formado dois grandes grupos que estão entre os maiores do mundo no segmento de construção e infraestrutura. São eles: China Railway 20th Bureau Group Corporation (CR20) e China Communications Construction Company (CCCC). Essa parceria segue fortalecida em direção à concretização desse importante investimento no setor de Infraestrutura da Bahia. Desde a assinatura do contrato, em novembro de 2020, até o momento, a Concessionária já investiu mais de R$ 100 milhões e segue em andamento com seu plano de investimentos nas próximas etapas da obra. Por fim, a Concessionária reforça que se mantém mobilizada e comprometida com a execução plena do contrato firmado com o Governo da Bahia."
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