Quem é Gilmar Pereira Nogueira, delegado investigado na Bahia

Saiba quem é Gilmar Pereira Nogueira, o delegado investigado em Itatim, na Bahia

Por Da Redação.

Gilmar Pereira Nogueira, também conhecido como “Tingão”, é um servidor da Polícia Civil da Bahia que atualmente passa a ser investigado por suspeita de envolvimento direto no assassinato de oito pessoas – entre elas três adolescentes, o mais jovem com 13 anos – em uma abordagem policial ocorrida em 30 de julho de 2023, no Morro do Tigre, município de Itatim, cerca de 214 km de Salvador.

Quem É Gilmar Pereira Nogueira, Delegado Investigado Na Bahia

Antes de sua atuação como delegado, Gilmar exerceu por dois mandatos consecutivos o cargo de prefeito de Itatim, entre 2012 e 2020. Já em janeiro de 2008, quando era delegado em Milagres (BA), foi envolvido em um caso de tortura: ele e outros agentes são acusados de agredir e aplicar choques elétricos em suspeitos sob custódia.

A Operação Sangue Oculto

Deflagrada em 7 de junho de 2024 pelo Ministério Público estadual (Gaeco/Geosp) em conjunto com a corregedoria da Polícia Militar, a Operação Sangue Oculto cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em Salvador, Feira de Santana, Itaberaba, Iaçu, Castro Alves, além de Itatim e Itaberaba, com apreensão de celulares, documentos e armas. Policiais militares foram afastados após indícios de que as vítimas teriam sido executadas e a cena do crime, alterada.

Já em 11 de julho de 2025, mandados foram cumpridos em residências e no local de trabalho de Gilmar Nogueira, onde foram apreendidos dispositivos eletrônicos que podem conter evidências sobre sua participação no planejamento e execução da ação que resultou nas mortes.

Gilmar Pereira Nogueira

O que se sabe até agora

  • Possível papel ativo: O Ministério Público da Bahia aponta indícios de que o delegado atuou no planejamento e coordenação da operação policial que resultou nas mortes, indo além de uma mera função administrativa ou de supervisão.

  • Descaracterização de confronto: Perícias e análises técnicas indicam que o que foi inicialmente tratado como um suposto confronto foi uma execução – as vítimas teriam sido executadas deliberadamente e a cena do fato alterada.

  • Defesa pública do delegado: Em vídeo divulgado nas redes sociais, Gilmar afirmou estar tranquilo, declarando que “tudo será esclarecido” e que agiu “dentro da estrita legalidade”. Ele também afirmou que “não há o que temer quando se tem responsabilidade e consciência acerca da função”.

Panorama e próximos passos

  • Investigação em curso: O conteúdo dos celulares e outros materiais apreendidos está sendo analisado pela força-tarefa formada por Gaeco, Geosp, Force e corregedorias da PM e da Polícia Civil.

  • Desdobramentos esperados: A investigação pode levar ao indiciamento de Gilmar e demais envolvidos, além de eventuais ações disciplinares ou penais, tanto na esfera civil quanto criminal.

  • Repercussão pública: O caso chama atenção para a responsabilização de autoridades policiais envolvidas em casos de letalidade, especialmente quando há menor envolvido entre as vítimas.

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