Dormir muitas horas e ainda acordar cansado: entenda por que isso acontece

Há pessoas que relatam acordar cansadas e indispostas mesmo após 10 ou 12 horas dormindo

Por Bruna Castelo Branco.

Dormir por longos períodos não é, necessariamente, garantia de uma boa noite de sono. Há pessoas que relatam acordar cansadas e indispostas mesmo após 10 ou 12 horas dormindo, situação que pode estar relacionada a fatores biológicos, hábitos inadequados de sono ou condições de saúde.

Embora seja difundida a ideia de que oito horas de sono são ideais, a ciência aponta que as necessidades variam de pessoa para pessoa e também ao longo da vida. Existem indivíduos que funcionam bem com menos horas de descanso, conhecidos como “dormidores curtos”, enquanto outros precisam de mais tempo de sono para se sentirem bem, os chamados “dormidores longos”. O problema surge quando o sono prolongado não resulta em descanso efetivo.

Há pessoas que relatam acordar cansadas e indispostas mesmo após 10 ou 12 horas dormindo. | Foto: Ilustrativa/Pexels

A sensação de exaustão mesmo após muitas horas na cama costuma estar associada a um descompasso entre sono e descanso. Um dos quadros relacionados é a hipersonia, caracterizada pela sonolência excessiva durante o dia, que pode ter origens diversas, desde hábitos inadequados até doenças clínicas ou neurológicas.

Síndrome do sono insuficiente

Dormir bem, aliás, é essencial para a saúde física e mental. O sono de qualidade ajuda a regular o humor, fortalece a memória, contribui para a imunidade e protege o coração. Ainda assim, dificuldades para dormir e insônia fazem parte da rotina de muitas pessoas.

Entre as causas mais comuns está a síndrome do sono insuficiente, que ocorre quando a pessoa dorme menos do que precisa durante a semana e tenta compensar a privação nos fins de semana. Nesse cenário, o organismo acumula uma "dívida de sono" que não é resolvida em apenas uma noite, fazendo com que o cansaço persista mesmo após períodos prolongados de descanso.

Embora seja difundida a ideia de que oito horas de sono são ideais, a ciência aponta que as necessidades variam de pessoa para pessoa. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Além disso, algumas condições de saúde podem intensificar a sonolência, como alterações metabólicas, problemas pulmonares, desequilíbrios hormonais e doenças neurológicas. Nessas situações, o corpo não consegue converter o tempo prolongado de sono em recuperação real, resultando em sensação de peso, lentidão e fadiga constante.

A longo prazo, o descanso incompleto pode provocar alterações no humor, dificuldade de concentração, lapsos de memória e tendência a adormecer em situações passivas, como ao assistir a um filme ou participar de reuniões.

A sensação de exaustão mesmo após muitas horas na cama costuma estar associada a um descompasso entre sono e descanso. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Especialistas alertam que não é preciso esperar o surgimento de sintomas mais graves para buscar ajuda. Quando a sonolência excessiva começa a interferir na rotina diária, já é indicado procurar avaliação médica.

O profissional mais capacitado para investigar esses casos é o médico do sono, geralmente com formação em neurologia, pneumologia ou psiquiatria, responsável por identificar se o quadro está ligado a características individuais ou a condições mais complexas.

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