Por que não consigo dormir? Conheça os tipos de insônia e como cada um afeta o sono

A insônia, caracterizada por dificuldades para iniciar o sono, é um distúrbio que pode provocar prejuízos significativos na vida cotidiana

Por Bruna Castelo Branco.

A insônia, caracterizada por dificuldades para iniciar o sono, mantê-lo ou evitar despertares precoces, é um distúrbio que pode provocar prejuízos significativos na vida cotidiana. Além de impactar memória, concentração e desempenho profissional, também aumenta o risco de ansiedade, depressão, irritabilidade e problemas no convívio social. Para ser classificada como um problema clínico, a condição precisa ocorrer pelo menos três vezes por semana, por mais de três meses.

A insônia, caracterizada por dificuldades para iniciar o sono, é um distúrbio que pode provocar prejuízos significativos na vida cotidiana. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Especialistas destacam que a insônia não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. As causas são diversas e os sintomas variam conforme o perfil de cada indivíduo. Por isso, compreender os diferentes tipos do distúrbio é fundamental para buscar o tratamento adequado.

Os três tipos de insônia

Insônia Inicial:

A insônia inicial é marcada pela dificuldade de adormecer. Mesmo cansada, a pessoa permanece desperta por 20 a 30 minutos, ou até mais, com a mente acelerada. O quadro é comum em períodos de estresse e ansiedade, além de ser favorecido pelo uso prolongado de telas antes de dormir. A luz azul emitida pelos dispositivos estimula o cérebro e dificulta o relaxamento.

Especialistas destacam que a insônia não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Insônia Intermediária:

Nesse tipo, o problema está em manter o sono. O indivíduo adormece, mas acorda diversas vezes ao longo da noite e tem dificuldade para voltar a dormir. Essa fragmentação reduz a qualidade do descanso e pode estar associada a distúrbios como apneia do sono, refluxo, ronco ou ao uso de determinados medicamentos.

Insônia Terminal:

Também chamada de despertar precoce, ocorre quando a pessoa acorda horas antes do previsto e não consegue retomar o sono. É comum em alterações hormonais e emocionais, especialmente em quadros de depressão. Fatores fisiológicos, como bexiga irritável, ou o uso de antidepressivos — que encurtam as fases mais profundas do sono — também podem desencadear essa forma do distúrbio.

A insônia inicial é marcada pela dificuldade de adormecer. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Envelhecimento do cérebro

Pessoas com insônia crônica podem apresentar mais alterações cerebrais relacionadas ao declínio da memória e da capacidade de raciocínio com o avanço da idade. A conclusão é de um estudo publicado na revista Neurology.

A insônia crônica é caracterizada pela dificuldade de dormir ou manter o sono por, no mínimo, três dias por semana, durante três meses ou mais. De acordo com a pesquisa, o distúrbio está associado a um risco 40% maior de desenvolver demência ou comprometimento cognitivo leve — o que corresponde a um envelhecimento cerebral equivalente a 3,5 anos adicionais.

Um estudo brasileiro, realizado por pesquisadores do Instituto do Sono, revelou que a insônia não é apenas um sintoma secundário da depressão, mas parte integrante da doença. O resultado veio após pesquisadores examinarem a relação entre o risco genético para problemas de sono e sintomas de depressão, condição que atinge 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, em uma amostra do Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo, com pessoas entre 20 e 80 anos.

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