Pai aciona a PM após filha desenhar orixá em aula de religião
PMs estão sendo investigados após entrar em escola armados após denúncia do pai por filha desenhar orixá em escola
Por Ananda Costa.
Quatro policiais militares estão sendo investigados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) após entrarem armados na Emei Antônio Bento, no Butantã, na tarde de quarta-feira (12). A equipe foi acionada por um pai após a filha desenhar uma orixá durante uma aula sobre religiões de matriz africana.

De acordo com a SSP-SP, os policiais permaneceram na unidade por mais de uma hora e deixaram o local por volta das 17h10, acompanhando o responsável pela estudante.
Segundo a direção da escola, o mesmo pai havia ido à instituição no dia anterior, terça-feira (11), para reclamar da atividade. Ele também destruiu um mural com trabalhos das crianças que representavam entidades da cultura africana.

Em nota, a diretora Aline Aparecida Nogueira afirmou que a escola “não trabalha com doutrina religiosa” e que as atividades seguem um “currículo antirracista”. Ela relatou ainda ter sido “coagida e interpelada pela equipe por aproximadamente 20 minutos”.
Proteção às religiões de matriz africana
O Ministério Público do Estado da Bahia promoveu no dia 27 de janeiro uma audiência pública para debater medidas preventivas no âmbito cultural, educacional e legislativo para garantir o respeito e a dignidade das comunidades afrobrasileiras, em especial os povos de terreiros.
A audiência fez parte da atuação do MPBA no inquérito civil instaurado para apurar eventual responsabilidade da cantora Cláudia Leitte por danos morais causados à honra e dignidade das religiões de matriz africana. O processo foi movido após a artista alterar a letra da canção “Caranguejo”, trocando o termo “Yemanjá” por “Yeshu’a”.
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