Ivete Sangalo e Cláudia Leitte deixam de se seguir nas redes sociais
Fãs especulam que a causa teria sido toda a polêmica envolvendo Cláudia Leitte após troca de letra de música
Fonte: Ananda Costa
O nome da cantora Cláudia Leitte segue sendo um assunto bastante comentado nas redes sociais. Na noite desta quarta-feira (8), internautas apontaram que Ivete Sangalo e a ex-vocalista da banda Babado Novo não se seguiam mais no Instagram.
Cantoras não se seguem mais no Instagram. Foto: Reprodução / Redes Sociais
Especulações feitas por fãs apontam que o principal motivo para o unfollow tenha sido o suposto caso de intolerância religiosa após a cantora Cláudia Leitte substituir o verso "saudando a rainha Iemanjá" por "eu canto meu rei Yeshua", o nome de Jesus em hebraico, no axé "Caranguejo".
Logo no início da polêmica, que começou no dia 14 de dezembro durante o primeiro ensaio de verão da cantora, Ivete Sangalo se pronunciou sobre o assunto através de uma postagem do ex-secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, no qual concordou com ele.
"Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas, de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo, e é o surreal e explícito reforço do que houve de errado naquele tempo", escreveu Pedro Tourinho em um trecho da publicação.
Mudança na letra
O trecho da música "Maré tá cheia/Espera esvaziar/Joga flores no mar/Saudando a rainha Iemanjá" foi alterado para "Só louvo meu rei Yeshua" – termo hebraico para Jesus. Não é a primeira vez que Claudia vira foco das atenções por conta desta polêmica.
A cantora, que já se declarou cristã neopentecostal, justificou a alteração como parte de sua fé, mas gerou fortes reações nas redes sociais. Internautas criticaram a mudança, apontando desrespeito às religiões de matriz africana e ao simbolismo do local onde o show foi realizado.
"Como pode ela ter coragem de fazer isso dentro do Candeal, berço dos tambores negros e da música percussiva afro-brasileira?", questionou um usuário no X (antigo Twitter). Outro afirmou: "Vem pra cá se fingir de baiana e ainda ofende as religiões de matriz africana".
Denúncia Ministério Público
Questionada sobre as críticas e acusações de intolerância religiosa, Claudia evitou utilizar o termo diretamente, mas ressaltou a importância de um debate sério sobre o tema. “Esse assunto é muito sério. Daqui, do meu lugar de privilégios, racismo é uma pauta para ser discutida com muita seriedade, não de uma forma tão superficial. Eu prezo muito pelo respeito, pela sororidade, pela integridade. A gente não pode negociar esses valores de jeito nenhum, nem colocar isso dessa maneira, jogado no tribunal da internet”, afirmou.
Sobre as críticas e acusações de intolerância religiosa, Claudia evitou utilizar o termo diretamente. “Esse assunto é muito sério. Daqui, do meu lugar de privilégios, racismo é uma pauta para ser discutida com muita seriedade, não de uma forma tão superficial. Eu prezo muito pelo respeito, pela sororidade, pela integridade. A gente não pode negociar esses valores de jeito nenhum, nem colocar isso dessa maneira, jogado no tribunal da internet”, afirmou.
O caso, que gerou repercussão nas redes sociais, resultou em uma denúncia contra Claudia no Ministério Público da Bahia (MP-BA), sob a acusação de discriminação religiosa.
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