"Micareta de Feira está programada para a hora da 'explosão' do coronavírus no Brasil", diz secretário da Saúde
"Micareta de Feira está programada para a hora da 'explosão' do coronavírus no Brasil", diz secretário da Saúde
"A Micareta de Feira está programada para a hora que vão explodir os casos no Brasil", declarou o secretário da Saúde do estado (Sesab), Fábio Vilas-Boas, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (12/3) para tratar sobre o novo coronavírus (Covid-19).
Vilas-Boas destacou, porém, que a secretaria não pode proibir a realização da festa. "Cabe às autoridades que realizam o evento tomar as decisões", afirmou. "A Sebab considera que há um risco aumentado de transmissão e contágio durante a micareta, por se tratar de um evento de massa, em uma época em que os casos no Brasil estão em exponencial, além de atrair pessoas de diversas regiões do estado, e de fora".
O secretário explicou que, a cada semana, há um aumento de dez vezes no número de casos confirmados do novo coronavírus. "Se tivemos 50, esta semana, na próxima são 500 e 5 mil, na outra", exemplificou. Segundo ele, a expectativa para a 16ª semana epidemiológica - que contempla o periodo da referida festa (23 a 26 de abril) - é de uma elevação expressiva do número de casos.
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BOLETIM
De janeiro até às 17 horas de hoje (12/3), a Bahia registrou 216 casos notificados com suspeita clínica de infecção pelo novo coronavírus, sendo três confirmados, todos em Feira de Santana. Outros 147 foram descartados e 66 aguardam análise laboratorial. Ao todo, 26 municípios da Bahia fizeram notificações oficiais ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA).
A Sesab ressalta que os números são dinâmicos e, na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação. Um novo boletim, com dados atualizados, será divulgado às 17 horas desta sexta-feira (13/3).
GRAUS E PROCEDIMENTOS
É importante pontuar que o paciente com diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode cursar com grau leve, moderado ou grave. A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.
Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar. Outras informações podem ser obtidas no site da Sesab.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). Na suspeita de coronavírus, é necessária a coleta de uma amostra que será encaminhada para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA).
Para confirmar a doença, é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o genoma viral. O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito.
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