Excesso de química capilar pode afetar saúde dos rins, alerta médica baiana
Segundo a médica, o contato prolongado e repetido com essas substâncias pode provocar sobrecarga renal
Por Da redação.
Uma simples ida ao salão pode terminar em um consultório médico. A informação é da médica nefrologista baiana, Manuela Lordelo, que faz um alerta para o uso excessivo de produtos químicos capilares, como alisantes, relaxantes e tintas. “O consumo exagerado desses itens pode prejudicar a saúde dos rins, uma vez que, na maioria deles, existem substâncias potencialmente tóxicas, como formaldeído (formol), amônia, parabenos, resorcinol e derivados de chumbo”, detalha.
Segundo a médica, o contato prolongado e repetido com essas substâncias pode provocar sobrecarga renal e, em casos mais graves, contribuir para o desenvolvimento de doença renal crônica (DRC), especialmente em pessoas com histórico familiar de problema nos rins; com doenças pré-existentes, como hipertensão e diabetes; pessoas que fazem alisamentos ou colorações com frequência (mais de seis vezes ao ano), além dos profissionais da beleza que estão em contato diário com esses produtos, inalando e manuseando.
"O couro cabeludo é altamente vascularizado. Muitas dessas substâncias químicas são absorvidas pela pele e entram na corrente sanguínea. O rim, como órgão filtrador, acaba sendo um dos mais impactados", explica a nefrologista Manuela Lordelo.
A especialista conta que, quem já tem predisposição ou doenças que afetam os rins deve redobrar a atenção. Isso porque a sobrecarga renal costuma ser silenciosa, sendo percebida somente quando a função já está comprometida.
Excesso de química capilar e a saúde dos rins
Dentre as recomendações da médica e da Sociedade Brasileira de Nefrologia, destacam-se evitar o uso frequente de alisantes e colorações químicas; dar preferência a produtos com certificação da Anvisa e fórmulas mais naturais, sendo muito importante ler cada rótulo; usar luvas e máscaras em procedimentos capilares, principalmente profissionais da beleza; fazer exames de função renal regularmente, principalmente se houver uso frequente dessas substâncias e buscar orientação médica em caso de sintomas como inchaço, urina escura, fadiga ou alterações na pressão arterial.
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