Saúde

Sem aprovação da Anvisa, doses da Sputnik V que foram produzidas no Brasil serão exportadas para outros países

O Instituto Gamaleya, responsável pela fabricação da vacina contra a Covid-19, Sputnik V, informou que foi produzido o primeiro lote do imunizante pela União Química, laboratório brasileiro com sede em São Paulo.

Por Da Redação

Sem aprovação da Anvisa, doses da Sputnik V que foram produzidas no Brasil serão exportadas para outros países reprodução/Facebook/Embaixada da Rússia no Brasil

O Instituto Gamaleya, responsável pela fabricação da vacina contra a Covid-19, Sputnik V, informou nesta quinta-feira (20/5) que foi produzido o primeiro lote do imunizante pela União Química, laboratório brasileiro com sede em São Paulo. No entanto, sem a aprovação para uso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as doses serão exportadas para outros países da américa latina, onde o imunizante foi aprovado.




Para justificar a não autorização, a Anvisa informou que houve "falhas" no desenvolvimento e nos testes clínicos da Sputnik V. O órgão também alega que os dados apresentados, sobre a segurança e eficácia do imunizante, estavam incompleto. 


Até o momento, segundo o governo federal, 14 estados brasileiros enviaram pedidos de importação da vacina Sputnik V para a Anvisa: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins, além dos municípios fluminenses de Maricá e Niterói.


Conforme as equipes técnicas das gerência-gerais de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED), além das informações incompletas, uma das informações preocupantes com relação à avaliação dos dados disponíveis até o momento é que as células onde os adenovírus são produzidos para o desenvolvimento da vacina permitem sua replicação. Isso pode acarretar infecções em seres humanos, podendo causar danos e óbitos, especialmente em pessoas com baixa imunidade e problemas respiratórios, entre outros problemas de saúde.


A Sputnik V já foi aprovada para uso emergencial em 66 países, entre eles México, Argentina, Guatemala, Panamá, Filipinas, Síria, Marrocos, e outros.


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